COLESTASE NEONATAL
Elisa de Carvalho, Jorge. L dos Santos, Isadora de Carvalho Trevizoli, Gilda Porta, Paulo R. Margotto
Capítulo do Livro Assistência ao Recém-Nascido de Risco, 4a Edição, 2019, em Preparação.
A icterícia por predomínio da bilirrubina indireta (BI) em recém-nascidos (RN) é comum e, na maioria das vezes, fisiológica; entretanto, o aumento da bilirrubina direta (BD), traduz a presença de doença hepatocelular ou biliar e necessita exploração clínica urgente. Nestes casos, o esclarecimento precoce do diagnóstico etiológico e a instituição do tratamento adequado exercem influência decisiva na sobrevida e na qualidade de vida de muitos pacientes. Sendo assim, podemos considerar a colestase neonatal uma urgência em Gastroenterologia Pediátrica.
Como a icterícia é comumente observada nos recém-nascidos (60% a 80%), não é raro que a este seja um sinal pouco valorizado nesta faixa etária, o que contribui para o encaminhamento tardio do paciente colestático. Os objetivos deste capítulo são:
– revisar o diagnóstico diferencial da icterícia do RN e do lactente;
– esclarecer como identificar a icterícia colestática;
– enfatizar a importância do reconhecimento precoce da colestase neonatal;
– apresentar as recomendações atuais referentes à abordagem diagnosticada colestase em recém-nascidos e lactentes.