Desenvolvimento de um modelo de primata para avaliar os efeitos da ketamina e do estresse cirúrgico no cérebro neonatal

Desenvolvimento de um modelo de primata para avaliar os efeitos da ketamina e do estresse cirúrgico no cérebro neonatal

Development of a primate model to evaluate the effects of ketamine and surgical stress on the neonatal brain. Wang C, Bhutta A, Zhang X, Liu F, Liu S, Latham LE, Talpos JC, Patterson TA, Slikker W Jr.Exp Biol Med (Maywood). 2023 Apr;248(7):624-632. doi: 10.1177/15353702231168144. Epub 2023 May 19.PMID: 37208914

Realizado por Paulo R. Margotto.

A semelhança da fisiologia, farmacologia e sistemas reprodutivos do primata não humano (NHP) com os humanos, especialmente durante a gravidez e o período neonatal, fazem do macaco o modelo animal mais adequado para uso em estudos pré-clínicos (os macacos rhesus são 93% geneticamente semelhantes aos humanos). A ketamina é altamente permeável à barreira hematoencefálica. A ketamina exerce suas ações como antagonista não competitivo do receptor n -metil- d -aspartato (NMDA). Neurônios imaturos no cérebro infantil são mais suscetíveis à morte celular excitotóxica do que no cérebro adulto devido às características específicas de seus receptores NMDA. Os níveis (amostras de sangue) de IL-8, IL-15, MCP-1 e MIP-1β foram notavelmente elevados em macacos expostos à ketamina, sugerindo que exposição à ketamina pode ter estimulado uma reação inflamatória no SNC. Estes resultados indicam claramente que a administração intravenosa de ketamina antes e durante a cirurgia pareceu aumentar a degeneração neuronal e não proporcionou efeitos neuroprotetores. Não temos usado ketamina na nossa  Unidade na sequência rápida de intubação.