Dexmedetomidina – Uma opção emergente para sedação em pacientes neonatais

Dexmedetomidina – Uma opção emergente para sedação em pacientes neonatais

Dexmedetomidine – An emerging option for sedation in neonatal patients. McDonald D, Palsgraf H, Shah P.J Perinatol. 2022 Feb 23. doi: 10.1038/s41372-022-01351-3. Online ahead of print.PMID: 35197548 Review.

Realizado por Paulo R. Margotto

A dexmedetomidina-DEX- (Precedex ®), um agonista alfa 2 adrenérgico de ação central altamente seletivo, proporciona efeitos sedativos e poupadores de analgésicos. A DEX afeta minimamente o impulso respiratório e a motilidade gástrica, tornando-se uma opção atraente para uso em neonatos; no entanto, os dados neonatais são limitados. Infusões prolongadas de opioides e benzodiazepínicos (mais de 7 dias cumulativos, em recém-nascidos extremamente prematuros têm sido associadas a um aumento nos resultados de desenvolvimento neurológico ruins. Na Unidade de Terapia Intensiva neonatal, os bebês frequentemente necessitam de sedação para facilitar a sincronia e o conforto da ventilação mecânica. Agentes sedativos e analgésicos convencionais podem contribuir para efeitos negativos no desenvolvimento a longo prazo. A dexmedetomidina é um sedativo alternativo atraente que pode ser usado como monoterapia ou em combinação com outros agentes. Uma redução nos opioides dentro de 24 horas após o início da DEX foi observada em 66,7% dos pacientes. Tem sido mostrada agente sedativo seguro em hipotermia terapêutica (HT). A avaliação do papel e a farmacocinética da DEX no HT estão atualmente em andamento e os resultados ajudarão a estabelecer um lugar definitivo na terapia e segurança Entre os efeitos colaterais bradicardia, hipotensão arterial. No entanto, resultados de desenvolvimento a longo prazo em humanos podem elucidar evidências mais fortes para apoiar a utilização de DEX em recém-nascidos em relação a sedativos alternativos. As informações são limitadas sobre o uso de DEX em recém-nascidos prematuros, particularmente em pacientes < 31 semanas de idade pós-menstrual (pode afetar a atividade cerebral). Na nossa Unidade Neonatal temos usado o PrecedexR principalmente em situações que necessitam de altas doses de midazolam (já é do nosso conhecimento dos graves problemas neurotóxicos do midazolam nos prematuros!!!) na dose de 0,3 µ /kg/hora (1 ampola=2 ml: 1 ml=100 µg) em situações específica, como a necessidade de altas doses de midazolam na sedação. Os dados são insuficientes para os prematuros abaixo de 1000g.