Efeito da Avaliação Residual Gástrica na Ingestão Enteral em bebês prematuros extremos: Um ensaio clínico randomizado

Efeito da Avaliação Residual Gástrica na Ingestão Enteral em bebês prematuros extremos: Um ensaio clínico randomizado

Effect of Gastric Residual Evaluation on Enteral Intake in Extremely Preterm Infants: A Randomized Clinical Trial.Parker LA, Weaver M, Murgas Torrazza RJ, Shuster J, Li N, Krueger C, Neu J.JAMA Pediatr. 2019 Apr 29. doi: 10.1001/jamapediatrics.2019.0800. [Epub ahead of print] Erratum in: JAMA Pediatr. 2019 Jun 1;173(6):610.PMID: 31034045.Similar articles.

Realizado por Paulo R. Margotto

Os resíduos gástricos pré-dieta são avaliados em mais de 97% dos enfermeiros da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, mas evidências sugerem que essa avaliação pode ser desnecessária; omitir a avaliação do resíduo gástrico mostrou melhorar a nutrição enteral em adultos e crianças sem aumentar a intolerância alimentar ou pneumonia associada à ventilação mecânica; o presente ensaio clínico, englobando 143 RN com médias de idade gestacional de  27 semanas e peso de 888 g , randomizados para dois grupos [aspirado e não aspirado resíduos gástrico] mostrou que no grupo não aspirado exibiu um aumento na nutrição enteral mais acentuado em comparação com o grupo aspirado, além de  consumir mais leite nas semanas 5 e 6; ou seja, houve um aumento mais rápido no grupo não aspirado e sem danos à saúde, atingindo à nutrição enteral plena [150mL/kg] 6 dias antes, além de ter alta 8 dias antes; no Rio de Janeiro, em junho de 2018, Neu J citou que essa rotina pode ser maléfica quando pensamos que a pressão negativa necessária para retirar o RG pode irritar ou ferir a mucosa gástrica frágil e enzimas essenciais podem ser desperdiçadas quando o RG é descartado, além de poder alterar o microbioma. Deve-se evitar o descarte do resíduo gástrico sempre que possível; assim, esses achados podem ser traduzidos em prática baseada em evidências no cuidado de bebês de muito baixo peso.