HIPERTENSÃO PULMONAR NA DISPLASIA BRONCOPULMONAR

HIPERTENSÃO PULMONAR NA DISPLASIA BRONCOPULMONAR

Palestra  administrada pelo Dr. Namasivayam Ambalavanan no VIII Encontro Internacional de Neonatologia, ocorrido em Gramado (13 a 15 de abril de 2023).

Realizado por Paulo R. Margotto

Entre os fatores de risco (para os que sobrevivem a partir de 28 dias de vida): idade gestacional, ventilação mecânica, uso de oxigênio, PCA hemodinamicamente significativa e peso ao nascer (especialmente os pequenos para  idade gestacional).No diagnóstico, ecocardiograma com 4-6 semanas de idade  e depois, a cada mês, havendo evidência que o bebê tem HP-DBP ou se houver uma necessidade assistência respiratória contínua (O2, respirador). Um simples achado positivo de qualquer componente do critério designado é suficiente pra o diagnóstico de HP (pressão do VD, desvio septal, shunt bidirecional D-E). Um único desses já dava o diagnóstico de HP. Sinais precoces de HP aos 7 dias de idade foram comuns e foram associados com risco aumentado para DBP e HP tardia. Por outro lado, a ausência de HP aos 7 dias de idade foi associada a um risco muito baixo de HP tardia. Na patogenia, achados suportam a hipótese de que a doença vascular pulmonar precoce precede o desenvolvimento da DBP e está fortemente associada à HP tardia e morbidades respiratórias. Apesar da microvasculatura pulmonar expandir com a ventilação  quase proporcional ao crescimento do parênquima de troca de ar, a rede capilar nos pulmões ventilados retém o padrão vascular primitivo diminuindo a eficiência da troca gasosa no parênquima em expansão (trata-se de um pulmão dismórfico), além de anastomose arteriovenosas pré-capilares (como uma doença cardíaca congênita com shunt D-E!). Uma grande preocupação: estenose da veia pulmonar, agravando o quadro com uso de vasodilatadores. Um biomarcador acessível é  peptídeo natriurético BNP (reflete a resposta ao  tratamento). Fazer a medida do BNP no primeiro ecocárdio e mensalmente  e podemos correlacionar o BNP  à fisiologia cardíaca São preocupantes as repercussões na vida adulta: 18% dos RN de 28 semanas com hipertensão pulmonar franca!