Perfil dos pacientes submetidos a monitorização continua com eletroencefalograma de amplitude integrada (aEEG) em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Distrito Federal

Perfil dos pacientes submetidos a monitorização continua com eletroencefalograma de amplitude integrada (aEEG) em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Distrito Federal

Lorena de Mello Ferreira Silva Andrade. Coordenação: Marta David Rocha de Moura. Revisão: Paulo R. Margotto

Hospital Materno Infantil de Brasília

Introdução: Epilepsia é definida como um evento neurofisiológico representando pela atividade elétrica anormal, sendo equivalentes convulsivos caracterizados como alteração na função neurológica se manifestando com alterações motoras. As crises podem estar associadas com alteração em eletroencefalograma (EEG), mas às vezes se manifestam como eventos paroxísticos em que não há correlação com descargas elétricas em EEG. Objetivo: Caracterizar o perfil clínico dos recém-nascidos que foram submetidos à eletroencefalograma contínuo de amplitude integrada internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Hospital Materno Infantil de Brasília e avaliar o desfecho final do RN durante essa monitorização. Materiais e métodos: Estudo observacional de coorte retrospectivo no Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB). Foram analisados os prontuários dos 32 pacientes que foram submetidos à monitorização contínua com EEG de amplitude integrada, entre setembro de 2018 e maio de 2019 internados na UTI Neonatal desse Hospital. Resultado: Foram incluídos 32 participantes de pesquisa que atenderam aos critérios de inclusão. 65,6% das pacientes entraram em trabalho de parto, sendo o parto cesárea o mais frequente na amostra, com 62,5% dos casos, a indicação do parto por doença hipertensiva (28,1%) teve mais casos na amostra, seguida de malformação (12,5%); RNs do sexo masculino (65,6%), com a classificação AIG (87,5%) foram mais frequentes na amostra. Houve ocorrência de 25% de atividades epilépticas, dos quais, em 87,5% as crises foram subclínicas; 56% usaram anticonvulsivantes e desses, 25% usaram mais de um, ou seja, 31% (1/3) usaram anticonvulsivantes desnecessariamente. Nenhum dos 18,8% pacientes que foram a dos óbitos apresentou crise epiléptica eletrográfica. Conclusão: Neste estudo, demonstramos a ocorrência de 25% de atividades epilépticas, dos quais, 87,5% as crises foram subclínicas; 56% usaram anticonvulsivantes e desses, 25% usaram mais de um, ou seja, 31% (1/3) usaram anticonvulsivantes desnecessariamente. Não houve correlação entre óbito com possíveis alterações em SNC. Outro dado registrado foi a quantidade semelhante pacientes a termo e pré-termos que apresentaram crise, porém ressaltamos a limitação devido a quantidade pequena de pacientes avaliados.