Mês: maio 2018

VIRGINIA APGAR, UMA MULHER FANTÁSTICA

VIRGINIA APGAR, UMA MULHER FANTÁSTICA

Alfredo Guarischi, médico.

https://oglobo.globo.com/sociedade/artigo-virginia-apgar-uma-mulher-fantastica-22641462

Publicado no O Globo – Sociedade – 1/05/2018.

Apgar quando se formou em medicina, na renomada faculdade de Columbia, Nova York, em quarto lugar numa turma de 81 homens e 9 mulheres, com apenas 24 anos de idade, já tinha o diploma de Zoologia. Enfrentou dificuldades financeiras, chegando a ser catadora de gatos.

LESÃO NEUROLÓGICA ISQUÊMICA E HEMORRÁGICA DO PREMATURO: PATOGENIA, FATORES DE RISCO, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

LESÃO NEUROLÓGICA ISQUÊMICA E HEMORRÁGICA DO PREMATURO: PATOGENIA, FATORES DE RISCO, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

Paulo R Margotto.

Capítulo do Livro Assistência ao Recém-Nascido de Risco, Hospital de Ensino Materno Infantil de Brasilia, 4a Edição, 2018, em Preparação.

Estudo recente de Sarkar et al avaliando o desfecho das lesões císticas periventriculares  que “desapareceram” e as que persistiram ou que apareceram mais tarde, em RN de 22 semanas e 26 semanas e  6 dias, relataram que o desfecho composto primário de morte tardia ou comprometimento do neurodesenvolvimento foi mais comum em crianças com leucomalácia periventricular (LPV) ” desaparecida” em comparação com lactentes sem LPV (OR 2,89, IC 95% 1,82-4,61). Entre todos os lactentes com LPV, a incidência do desfecho primário composto não diferiu entre os lactentes com LPV “desaparecida” e persistente (P = 0.74), ou entre os lactentes com LPV desaparecida e os lactentes que apresentavam LPV detectada apenas na 36ª semana na imagem craniana.

 

Policitemia

Policitemia

Paulo R. Margotto

Capítulo do Livro  Editado por Paul R. Margotto, Assistência ao Recém-Nascido de Risco, Hospital de Ensino Materno Infantil de Brasília/SES/DF, 4a Edição, 2018, em Preparação

A transição ao nascer: translação da fisiologia à clínica

A transição ao nascer: translação da fisiologia à clínica

Stuart Hoope (Austrália). 

7o Simpósio Internacional de Reanimação Neonatal, 5-7 de abril de 2018, Foz do Iguaçu, PR.Realizado por Paulo R. Margotto, Professor de Neonatologia da 6a Série da Faculdade de Medicina da Universidade Católica de Brasília.  Unidade de Neonatologia do Hospital Materno Infantil de Brasília, SES/DF.pmargotto@gmail.com

O objetivo desta Palestra foi procurar entender como passar de um pulmão cheio de líquido para um pulmão cheio de ar, chamado por Clement Smith, em 1951 de The valley of the shadow of birth-A sombra do vale do nascimento) e como mantê-lo. Na transição respiratória, o mais importante é a aeração dos pulmões (ou seja VENTILAÇAO e não o oxigênio!) e posteriormente, a transição cardiovascular que resulta do aumento do fluxo sanguíneo pulmonar. Entre  três mecanismos de como ocorre o clearance do líquido pulmonar, o mais recente e importante: pressões hidrostáticas transpulmonares geradas durante a inspiração. O bebê inspira e gera um grande gradiente respiratório que acaba eliminando líquido das vias aéreas (32.000 mL/hora!, gerando um a capacidade funcional residual-[CFR] de 50mL/kg em 30 segundos; com o mecanismo sabidamente conhecido por nós [reabsorção de sódio induzida pela adrenalina] o pulmão elimina 10mL/kg/hora e dura 4 horas!). O movimento do liquido tem que ser eficaz para que os RN possam aerar os pulmões e começarem as trocas gasosas. Quando o pulmão está cheio de líquido esta troca gasosa não ocorre. Quando o liquido que sai dos pulmões e vai para os tecidos gera uma pressão intersticial que vai de 0-6 cmH2O nas primeiras 4 horas (depois fica subatmosférica:-4 cm H2O e permanece por toda a vida). A  parede torácica se expande para acomodar tanto a nova CFR e o líquido que sai das vias aéreas e vai para o interstício. As conseqüências, entretanto, com a geração de uma pressão intersticial aumentada é que o liquido vai querer voltar para as vias aéreas. Para evitar esse fato, ao oferece PEEP, gradualmente o pulmão se enche de ar e o gás permanece no final da expiração. Assim, se você não usar PEEP, o líquido está  repreenchendo as vias aéreas no final de cada respiração. É por esta razão que você deve manter o gás no pulmão no final da expiração. Na transição cardiovascular: o coração tem que esperar até que o pulmão seja aerado para que haja redistribuição do sangue que vem do lado direito do coração através dos pulmões para restaurar o débito cardíaco. Então veja que o aumento do fluxo sanguíneo pulmonar é vital não somente para a realização da troca gasosa, mas também é vital para fornecer o retorno venoso para o lado esquerdo do coração. Portanto, é importante que você conecte o aumento do fluxo sanguíneo pulmonar a areação pulmonar. A coisa mais importante é aerar os pulmões que vai gerar toda esta cascata fisiológica da adaptação cardiorrespiratória ao nascer! Quanto ao uso da insuflação sustentada versos PEEP/CPAP nesta fisiologia da transição ao nascer está em estudo com resultado de importante multicêntrico randomizado para 2020.Segundo Kirpalani H (nos  links) o bebe ao respirar ao nascer  gera uma altíssimo pressão para abrir esta coluna de líquido (90 cm H2O). Pelo fato do líquido ter uma viscosidade 100 vezes maior do que a do ar, a resistência para deslocar o liquido é 100 vezes maior do que a resistência do ar (eis porque as carpas ao voltar pulam por cima das cachoeiras, porque a passagem cheia de fluido é muito mais resistente do que a passagem pelo ar). Este é o problema que os nossos bebês enfrentam  Este é o argumento da insuflação sustentada. Se está certo ou não, estamos estudando.

 Pontos interessantes frisados: bebê de mãe com corioamnionite pode apresentar inibição dos movimentos respiratórios pela maior produção de prostaglandina, devendo estes bebês sempre ser reanimados com pressão positiva; parto humanizado na água:devido ao reflexo do mergulho, ou seja, a estimulação da face pode inibir a respiração (há muitos receptores na face que inibem a respiração); assim eles apresentam bradicardia (vagal) mais grave em relação se tivessem nascido no ar, devido à detecção da hipoxia pelos receptores; portanto, nascer na água com certeza vai postergar o início da respiração


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

SESSÃO DE ANATOMIA CLÍNICA: Sepse precoce/Infecção Congênita (Citomegalovirose?)

SESSÃO DE ANATOMIA CLÍNICA: Sepse precoce/Infecção Congênita (Citomegalovirose?)

Fernanda Reginatto Bau – R4 Neonatologia/HMIB. Coordenação: Dra Joseleide de Castro. Patologista: Dra Aline Marues dos Santos. Trata-se de um RN de 34 semanas, 1450g, PIG simétrico, que nasceu com quadro típico de sepse (petéquias, sangramento, hepatomegalia,  colestase, hemorragia pulmonar, altamente sugestivo de infecção congênita)

Uso de baixa dose de heparina e patência dos cateteres periféricos Intravenosos na criança: revisão sistemática

Uso de baixa dose de heparina e patência dos cateteres periféricos Intravenosos na criança: revisão sistemática

Low-Dose Heparine use and the Patency of Peripheral IV Catheters in Children: A Systematic Review.Manoj Kumar, Ben Vandermeer, Dirk Bassler and Nadia Mansoor.Pediatrics 2013;131;e864 (originally published online February 25, 2013).Apresentação:Ana Carla Borges de Oliveira – R1.Coordenação: Dr Paulo Roberto Margotto

Discussão Clínica: Manuseio da PCA e neurodesenvolvimento;Ventilação positiva na Sala de Parto; Níveis de hemoglobina nos 3 primeiros dias e displasia broncopulmonar; Injúria renal e hemorragia intraventricular; Cuidados Paliativos em Neonatologia

Discussão Clínica: Manuseio da PCA e neurodesenvolvimento;Ventilação positiva na Sala de Parto; Níveis de hemoglobina nos 3 primeiros dias e displasia broncopulmonar; Injúria renal e hemorragia intraventricular; Cuidados Paliativos em Neonatologia

Paulo R. Margotto e Equipe Neonatal do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB)/SES/DF

Asssociação entre níveis de hemoglobina nos primeiros 3 dias de vida e displasia broncopulmonar nos recém-nascidos pré-termos

Asssociação entre níveis de hemoglobina nos primeiros 3 dias de vida e displasia broncopulmonar nos recém-nascidos pré-termos

Association between Hemoglobin Levels in the First 3 Days of Life and Bronchopulmonary Dysplasia in Preterm Infants.  Jun Duan, Xiangyong Kong, Qiuping Li, Shaodong Hua, Sheng Zhang, Zhichun Feng, Xiaoying Zhang. Am J Perinatol. 2016 Apr 27. [Epub ahead of print]
Unidade de Neonatologia do HRAS/HMIB/SES/DF. Apresentação: Laura Haydée Silva Teixeira.
Coordenação: Eveylin Mirela.

As crianças que apresentaram menores níveis de hemoglobina nos primeiros 3 dias de vida tiveram maior risco de desenvolvimento de DBP (Odds ratio de   20,9 com IC a  95% de 4,18-96,5-p<0,001!); baixos  níveis de hemoglobina podem afetar a resposta imune, impedir a oxigenação tecidual podendo promover metabolismo anaeróbico e aumentar níveis de ácido lático, além de importante papel na adaptação pulmonar na vida extrauterina. Assim, deveríamos prevenir níveis baixos de hemoglobina nos primeiros 3 dias nestes pré-termos.

 

NUTRIÇÃO PARENTERAL NO RECÉM-NASCIDO-2021

NUTRIÇÃO PARENTERAL NO RECÉM-NASCIDO-2021

Maria Rita Carvalho Garbi Novaes, Marta David Rocha de Moura, Paulo R. Margotto, Fabiana Moreira Pontes, Cira Ferreira Antunes Costa. CAPÍTULO DO LIVRO ASSISTÊNCIA AO RECÉM-NASCIDO DE RISCO, 4a EDIÇÃO, 2021, EM PREPARAÇÃO

O número de crianças nascidas prematuras que sobrevivem aumentou expressivamente nas últimas décadas. Um dos fatores com grande impacto neste incremento foram os avanços na NP do prematuro. O maior objetivo da NP é assegurar que o prematuro cresça como se ainda estivesse no ambiente intrauterino com satisfatório desenvolvimento funcional. A necessidade da nutrição adequada para o recém-nascido prematuro é um dos maiores desafios da neonatologia porque dela dependem a sobrevida, o crescimento e o desenvolvimento cognitivo e motor satisfatório e, em longo prazo, a prevenção das doenças crônicas não transmissíveis. Trata-se de um dos grupos mais vulneráveis no ciclo da vida, necessitando avaliação e recomendações nutricionais diferenciadas.

Esta modalidade de terapia nutricional exige o comprometimento e a capacitação de uma equipe multiprofissional visando à garantia da sua eficácia e segurança. Esta equipe deve ser constituída por médicos, farmacêuticos, nutricionistas, enfermeiros, psicólogos, fisiatras, entre outros, resultando em ações mais especializadas ao paciente.

Este capítulo visa apresentar e discutir estudos publicados sobre aspectos principais da nutrição parenteral em neonatologia, considerando a composição e a manipulação da nutrição parenteral, problemas relacionados à nutrição parenteral total (NPT) em recém-nascidos (RN) e a gestão, a avaliação e a informatização dos protocolos, prescrições e serviços.