Mês: outubro 2019

UTI Pediátrica: Protocolos de mobilização precoce no paciente crítico pediátrico: revisão sistemática

UTI Pediátrica: Protocolos de mobilização precoce no paciente crítico pediátrico: revisão sistemática

Protocolos de mobilização precoce no paciente crítico pediátrico

Taila Cristina Piva

Apresentação: Amanda Luiza Oliveira Taffner. (R3 EM UTI Pediátrica/HMIB/SES/DF). Coordenação: Alexandre P. Serafim

Com ênfase no cicloergômetro (aparelho estacionário, que permite rotações cíclicas, podendo ser utilizado para realizar exercícios passivos, ativos e resistidos com os pacientes) pode ser implementada desde os primeiros dias da admissão na UTI pediátrica. A mobilização precoce reduz o delirium em pacientes críticos e mostrou redução de 9,5% da espessura do músculo quadríceps femoral no quinto dia da admissão em crianças ventiladas.

NEUROSSONOGRAFIA NEONATAL-compartilhando imagens: Malformação Dandy-Walker

NEUROSSONOGRAFIA NEONATAL-compartilhando imagens: Malformação Dandy-Walker

Paulo R. Margotto

         O complexo Dandy-Walker inclui a malformação clássica Dandy-Walker, a variante Dandy-Walker e mega cisterna magna, cada uma associada com defeito no desenvolvimento do teto do 4º ventrículo e está frequentemente associada com outras anomalias intracranianas (agenesia do corpo caloso[Figura 3], oloprosencefalia, esquisencefalia e cefaloceles posteriores.

Esta anormalidade consiste na dilatação cística do quarto ventrículo, conseqüente a atresia dos foramens de Magendie e de Luschka e pode ocorrer algum grau de disgenesia verminiana. Ocorre também aumento do 3º ventrículo e dos ventrículos laterais, além do aumento do 4º ventrículo.

Outras malformações podem ser encontradas (50 a 70% dos casos), como a agenesia do corpo caloso (Figura 4), cistos porencefálicos, encefaloceles e holoprocencefalia, rins policísticos, defeitos cardiovasculares, lábio leporino.

A ultrassonografia cerebral revela nitidamente grande fossa posterior, pequeno resquício cerebelar e um exuberante 4º ventrículo (Figuras 1 e 3). A estimativa de incidência é de 1/30.000 nascidos, sendo responsável por 4-12% dos hidrocéfalos infantis.

Os fatores genéticos desempenham importante papel (as anomalias cromossômicas são descritas em  20 a 50% dos casos e incluem as trissomias do 13, 18 e 21). A recorrência é de 1-5%.A hidrocefalia obstrutiva difusa ocorre em até 80% dos casos. Outras malformações associadas incluem hérnia diafragmática, gastrintestinais, cardíacas, genitourinárias e musculares e esqueléticas

Discussão Clínica: Imunodeficiência combinada grave; Armazenamento de hemácias; Malformação adenomatóide macrocística do pulmão; Dor neonatal e o cerebelo; Hemorragia intraventricular I-II e neurodesenvolvimento; Nutrição e crescimento nas crianças com displasia broncopulmonar

Discussão Clínica: Imunodeficiência combinada grave; Armazenamento de hemácias; Malformação adenomatóide macrocística do pulmão; Dor neonatal e o cerebelo; Hemorragia intraventricular I-II e neurodesenvolvimento; Nutrição e crescimento nas crianças com displasia broncopulmonar

Paulo R. Margotto e Equipe Neonatal do HMIB/SES/DF

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVC) EM RECÉM-NASCIDOS: PEQUENOS CÉREBROS, GRANDES CONSEQUÊNCIAS

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVC) EM RECÉM-NASCIDOS: PEQUENOS CÉREBROS, GRANDES CONSEQUÊNCIAS

Donna M. Ferriero (EUA)

22º Simpósio Internacional de Neonatologia do Santa Joana, São Paulo, 11-14 de setembro de 2019.

Realizado por Paulo R. Margotto.

A incidência anual de Acidente Vascular cerebral (AVC): 1 AVC por ~2000 nascidos vivos, sendo tão comum como AVC em idosos, mas não recebem atenção, principalmente dos órgãos financiadores. São abordados os seguintes tipos de AVC: Do lado arterial temos o AVC isquêmico arterial ou pode ser um AVC arterial presumido (significa uma apresentação tardia). A meningite pode acusar inflamação das artérias e o AVC pode ter a presença de hemorragia. No lado venoso podemos ter a trombose cerebral venosa (todo recém-nascido a termo com hemorragia intraventricular deve ser considerada a trombose venosa, devendo ser feita a ressonância magnética!) ou hemorragia ou infarto em torno dos ventrículos, principalmente nos nascidos prematuros. Nos neonatos, os AVCs isquêmicos arteriais são de maior número (compreende 90% dos casos publicados) seguida pela trombose venosa. Muitos desses AVCs isquêmicos (em 90% dos casos publicados ocorre no lado esquerdo) ocorrem nos RN a termo, podendo ocorrer também em prematuros. Entre os fatores de risco para o AVC arterial isquêmico se destacam diabetes materno, hipertensão materna, tabagismo, gestação gemelar, primeira gestação; reanimação, hipoglicemia, meningite, aspiração meconial.  Na apresentação clínica se destacam a convulsão focal motora, movimentos clônicos de uma extremidade, hipotonia, letargia e apneia (a apneia pode ser um sinal de convulsão subclínica; eu diria faça pelo menos um ultrassom da cabeça e se os achado do ultrassom estiverem confusos, faça ressonância magnética; recomendo também fazer o EEG de amplitude integrada; você tem que ter certeza que aquela apneia não se deve a uma convulsão subclínica). Bebê que se apresenta aos 6 meses ao ambulatório como hemiparesia (a mãe percebe que ele só usava a mão direita; a mão esquerda sempre estendida); o braço direito levanta e não levanta perna esquerda; a mãe percebe que ele só usa a mão direita; olhar sempre para a direita; ele não enxerga no lado esquerdo), deve ser pensado em AVC isquêmico arterial presumido. Entre os dados pré—clínicos no tratamento, a eritropoietina (EPO) se destaca: protege o cérebro mesmo dado 7 dias depois; atua criando novos neurônios promovendo a neurogênese; a resposta é boa, a função cerebral melhora. Quanto ao déficit neurológico na alta, a quantificação da difusão do trato corticoespinhal prediz o desenvolvimento motor no AVC arterial isquêmico. Quando o ramo da artéria cerebral média é comprometido, 100% vai ter efeitos adversos em qualquer domínio. Se não for o ramo principal e sim a basal ganglia talâmica (BGT), pedúnculo cerebelar e lesões bilaterais é mais provável ter epilepsia (lesões bilaterais), paralisia cerebral (pedúnculo) e se for na BGT, déficit motor, comportamental e cognitivo. Na compreensão do AVC de ramos perfurantes (Stroke perfurator) é fundamental o conhecimento da anatomia vascular para a sua com AVC de ramos perfurantes isolado, exceto quando o braço posterior da cápsula interna for comprometido. A boa notícia, melhor de todas que podemos dar aos pais: a taxa de recorrência em crianças com AVC neonatal é de <1% comparado com taxa de AVC na infância que é 25 a 30%. Os Neonatologistas são os guardiões, aqueles que devem estar muito alertas para conseguir identificar o AVC, tratar e seguir esses bebes que são de alto risco.

APRESENTAÇÃO: Como Fazer a Retirada de Opioide (Fentanil)/Benzodiazepínico (Midazolam) no Recém-Nascido na UTI; Síndrome de Abstinência Neonatal

APRESENTAÇÃO: Como Fazer a Retirada de Opioide (Fentanil)/Benzodiazepínico (Midazolam) no Recém-Nascido na UTI; Síndrome de Abstinência Neonatal

Paulo R. Margotto

Equipes de cuidados deveriam implementar a testemunha obrigatória de diluição de medicação (por exemplo, um segundo membro para verificar os cálculos de diluição).

Com o objetivo de minimizar erros construímos planilhas para facilitar os cálculos, minimizando erros de prescrição (Marta D. R. de Moura e Paulo R. Margotto)

 

Diferenças de gênero nos resultados do neurodesenvolvimento a longo prazo entre crianças com hemorragia intraventricular

Diferenças de gênero nos resultados do neurodesenvolvimento a longo prazo entre crianças com hemorragia intraventricular

GENDER DIFFERENCES IN NEURODEVELOPMENTAL OUTCOMES AMONG FULL-TERM INFANTS WITH INTRAVENTRICULAR HEMORRHAGE.Matijević V, Barbarić B, Kraljević M, Milas I, Kolak J.Acta Clin Croat. 2019 Mar;58(1):107-112. doi: 10.20471/acc.2019.58.01.14.PMID: 31363332.Free PMC Article.Similar articles

Apresentação: Igor Harley Fernandes Dutra Neves (R3 em Neonatologia). Coordenação: Nathália Bardal

±O resultado do neurodesenvolvimento foi associado ao grau de HIV (p <0,05).

±Sem diferenças nos controles e HIV grau I

±A maioria das crianças com HIV grau II apresentou atraso leve ou moderado no teste 1 e desenvolvimento normal no teste 2.

As crianças com hemorragia grau III e IV apresentaram maiores taxas de atraso moderado e grave no teste 1.

±Por outro lado, 50% dos os lactentes com hemorragia de grau III foram avaliados como tendo desenvolvimento normal no teste 2.

± Em muitos casos, a intervenção precoce pode minimizar o atraso nas dificuldades motoras e outras dificuldades associadas (por exemplo, linguagem, percepção). 

 

Discussão Clínica: Síndrome de desconforto respiratório agudo (definição de Berlim); Cirurgia neonatal (evidência com a prática); eficácia e segurança do midazolam na hipotermia terapêutica; oxigenoterapia com cânula de alto fluxo na intubação traqueal

Discussão Clínica: Síndrome de desconforto respiratório agudo (definição de Berlim); Cirurgia neonatal (evidência com a prática); eficácia e segurança do midazolam na hipotermia terapêutica; oxigenoterapia com cânula de alto fluxo na intubação traqueal

Paulo R. Margotto e Equipe Neonatal do HMIB/SES/DF

NEUROSSONOGRAFIA NEONATAL-compartilhando imagens: Síndrome Hipóxico-Isquêmica

NEUROSSONOGRAFIA NEONATAL-compartilhando imagens: Síndrome Hipóxico-Isquêmica

Paulo R. Margotto.

Segundo Tekes A et al (2018), a lesão hipóxico-isquêmica (HII) do cérebro neonatal é conseqüente encefalopatia hipóxico-isquêmica (HIE) clínica continua sendo causa significativa de morbidade e mortalidade no período neonatal.

O ultrassom (US) surgiu como uma poderosa ferramenta de triagem para avaliação de um neonato com suspeita de HII. O padrão de lesão na imagem cerebral tem implicações cruciais em terapias e previu resultados do neurodesenvolvimento.

Apesentamos imagens de dois casos recentes de grave síndrome hipóxico isquêmica em que os ultrassons evidenciaram intensa hiperecogenicidade cerebral  e se discute o seu significado.