Atraso do clampeamento do cordão em recém-nascidos com restrição do crescimento intrauterino

Atraso do clampeamento do cordão em recém-nascidos com restrição do crescimento intrauterino

Delayed Cord Clamping in Infants with Suspected Intrauterine Growth Restriction.Wang M, Mercer JS, Padbury JF.J Pediatr. 2018 Jun 25. pii: S0022-3476(18)30741-8. doi: 10.1016/j.jpeds.2018.05.028. [Epub ahead of print]. PMID: 29954605.Similar articles.

 

Apresentação: Bruno Menezes Krasny Gonçalves, João Emanuel M. Gonçalves.

Faculdade de Medicina da Universidade Católica de Brasília-6ª Série.

Coordenador: Dr. Paulo R. Margotto.

 

Análise de secundária de um subgrupo de crianças com restrição do crescimento intrauterino ou pequenos para a idade gestacional ao nascer (PIG), os autores relataram que os bebês com tiveram atraso do clampeamento do cordão (ACC) tiveram temperaturas iniciais mais altas na admissão na  Unidade de Terapia Intensiva Neonatal em comparação com aqueles que receberam o clampeamento do cordão imediato (CCI). Além disso, os bebês com ACC menos provavelmente foram  diagnosticados com suspeita de enterocolite necrosante. Portanto o atraso da ligadura do cordão (ou a sua ordenha) podem ser protetores contra sintomas gastrintestinais em lactentes com suspeita de RCIU fetal ou PIG ao nascer e não houve nenhum dano aparente. Nos links trouxemos à tona a nossa tese de crescimento intrauterino onde abordamos a importância do peso da placenta na Perinatologia, principalmente nos desvios do crescimento, assim como a relação  entre peso ao nascer e peso da placenta (índice placentário relativo). Nesse estudo 32% dos prematuros sem sinais de RCIU / PIG tinham placentas com peso <10º percentil, indicando que o processo patológico da placenta levando à restrição do crescimento fetal pode começar antes que o feto demonstre sinais de comprometimento do crescimento. Pesamos  8271 placentas, reduzindo para 4413 devido às exclusões na elaboração de um padrão de crescimento intrauterino da placenta. O exame da placenta pode provê esclarecimento a respeito do ambiente intrauterino. O interesse no peso da placenta tem ressurgido com a hipótese da “origem fetal” de Barker que propõe que um deficiente ambiente intrauterino é um fator de risco para o desenvolvimento de hipertensão arterial e diabetes na vida adulta.Torna-se necessário que o médico que assiste o RN, em especial na sala de parto, tenha o conhecimento das associações de alterações do crescimento fetal e placentário para uma adequada assistência a estes RN e a correlação direta destas associações com patologias perinatais. Com certeza, o destino final da placenta não pode ser o balde, principalmente nos bebês com desvio do crescimento