NEUROSSONOGRAFIA NEONATAL-Compartilhando imagens: Leucomalácia Periventricular (Entendendo a sua ocorrência a despeito de 2 casos. O papel da INFECÇÃO e da VENTILAÇÃO MECÂNICA PROLONGADA)
Paulo R. Margotto
Em conclusão, tratam-se de dois prematuros com leucomalácia periventricular (LPV) multicística, cujo fator de risco preponderante foi a INFECÇÃO no caso 1 com o desenvolvimento das lesões císticas mais precoces, aos 14 dias. No caso 2, o fator de forte evidência foi o longo tempo de VENTILAÇÃO MECÂNICA (43 dias). Interessante que o gemelar 1 não desenvolveu LPV (só necessitou de assistência respiratória em CPAP nasal)
A seguir descrevemos:
– o entendimento da LPV quanto à linha de tempo para o seu desenvolvimento,
– a importância o ultrassom cerebral seriado nesses bebês prematuros extremos na sua detecção precoce (acurácia de 91% sensibilidade de 100%), permitindo intervenção precoce com melhora dos resultados do neurodesenvolvimento
– a ênfase em dois fatores importantes de risco, que foram a INFECÇÃO (caso 1) destaque para a rotura prematuras de membranas e a corioamnionite (dois preditores significante de LPV) e a DURAÇÃO DA VENTILAÇÃO MECÂNICA (caso 2) que leva a alterações na mielinização e adelgaçamento do corpo caloso, além de perda neuronal difusa no córtex cerebral mais profundo, tálamo, hipocampo, globo pálido e cerebelo. EVITE VENTILAÇÃO MECÂNICA PROLONGADA!