ARTIGO 5700! SEPSE NEONATAL PRECOCE: O QUE HÁ DE NOVO O que podemos fazer para diminuir o uso de antimicrobiano na nossa UIT Neonatal (1o Congresso Internacional de Neonatologia do Distrito Federal, 30/11 a 1/12/2022)
Pablo J Sánchez (EUA).
Realmente é preocupante o percentual do uso de antimicrobiano nas nossas UTI neonatais. Basta nascer prematuro para ir para a antibioticoterapia, por 3 às vezes 5 dias!!! Quanto ao tempo, temos a sepse neonatal precoce ocorrendo nas primeiras 72 horas e após, a sepse tardia. Na definição de sepse pelo Streptococcus, a sepse precoce é definida quando ocorre abaixo de 7 dias de vida, embora em 95% dos caso ocorre nas primeiras 24 horas de vida. A incidência de sepse precoce (cultura positiva) é de 1,1/1000 nascidos vivos (Streptococcus, 0,33 e E.coli, 0,40). Observem que a maioria dos bebês nasce com culturas estéreis! A E.coli é o patógeno predominante nos bebês entre 401-1500g e 1501-2500 g e o Streptococcus é mais predominante nos bebês de 401-1500g. Quanto à idade gestacional, a E.coli é o patógeno mais predominante entre 22-28 semanas e 29-33 semanas. Um regime de antibióticos deve não só tratar os patógenos normais de septicemias neonatais, mas também deve fornecer proteção contra os patógenos nosocomiais que ameaçam o recém-nascido bebês durante sua permanência na UTIN e desses, penicilina + tobramicina foi o esquema que melhor protegeu contra a sepse nosocomial, versos amoxacilina + cefotaxima, como regimes empíricos. Um programa de manejo de antimicrobiano específicos para UTIN foi associado a taxas mais baixas de utilização de antibióticos, sugerindo a necessidade de sua implementação em todo o mundo. Antibióticos de amplo espectro somente após os resultados das culturas. Devemos nos policiar para o uso prolongado de antibioticoterapia , pelos riscos: enterocolite necrosante (em), morte, sepse de início tardio, sepse de início tardio, ECN ou morte, displasia broncopulmonar; retinopatia da prematuridade; comprometimento do neurodesenvolvimento, candidíase invasiva e surgimento de organismos multirresistente, além de problemas adiantes, como colonização com organismos resistentes a múltiplas drogas, atraso no início da amamentação, sibilância recorrente aos 12 meses de idade, distúrbios gastrointestinais (doença inflamatória intestinal), autismo, ansiedade, depressão, obesidade, perda auditiva, disfunção renal. Há um nítido aumento dos riscos com a duração da antibioticoterapia. Como a maior parte das hemocultura é positiva entre 10-12 horas. Sánchez et al fizeram um estudo para verificar viabilidade de tratar esses bebes por 24 horas (Ampicilina 100 mg/kg a cada 12 horas x 2 doses e Gentamicina 5 mg/kg x 1 dose (28-31 semanas de gestação, 4 mg/kg x 1 dose). Comparando com as regras de 24 horas (196 crianças) x 48 horas (218 crianças), observaram menor tempo de hospitalização na regra de 24 horas, menos b eles necessitaram de recomeçar antibióticos dentro de 7 dias e sem mudanças na mortalidade por sepse. Em seu Serviço, foi criado um pacote com TIME OUT (“TEMPO ESGOTADO):Pneumonia: 5 dias, ITU: 5 dias, “Sepse com cultura negativa”: 5 dias, Tratamento de bacteremia (sem meningite): 7 dias; sepse de início tardio: 36 horas, enterocolite necrosante: 7 dias, Redução de vancomicina, nafcilina, oxacilina. Pesquise e faça a diferença com os nossos bebês. Nos complementos trouxemos informações de 2022 sobre os efeitos adversos do uso de antibióticos na primeira semana de vida nesses bebes, MUITAS vezes, desnecessário, um tema exaustivamente discutido no grupo científico. NEM TUDO É SEPSE, como disse o Dr. Sérgio Marba (Campinas, SP).