Autor: Paulo Margotto

Este site tem por objetivo a divulgação do que há mais de novo na Medicina Neonatal através de Artigos (Resumidos, Apresentados, Discutidos e Originais), Monografias das Residências Médicas, principalmente do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB/SES/DF), Apresentações de Congresso e Simpósios (aulas liberadas para divulgação, aulas reproduzidas). Também estamos disponibilizando dois livros da nossa autoria (Assistência ao Recém-Nascido de Risco, 3a Edição, 2013 e Neurossonografia Neonatal, 2013) em forma de links que podem ser baixados para os diferentes Smartphone de forma inteiramente gratuita. A nossa página está disponível para você também que tenha interesse em compartilhar com todos nós os seus conhecimentos. Basta nos enviar que após análise, disponibilizaremos. O nome NEONATOLOGIA EM AÇÃO nasceu de uma idéia que talvez venha se concretizar num futuro não distante de lançarmos um pequeno livro (ou mesmo um aplicativo chamado Neonatologia em Ação) para rápida consulta à beira do leito. No momento estamos arduamente trabalhando com uma excelente Equipe na elaboração da 4a Edição do livro Assistência ao Recém-Nascido de Risco, que conterá em torno de mais 100 capítulos, abordando diferentes temas do dia a dia da Neonatologia Intensiva, com lançamento a partir do segundo semestre de 2018. O site também contempla fotos dos nossos momentos na Unidade (Staffs, Residentes, Internos). Todo esforço está sendo realizado para que transportemos para esta nova página os 6000 artigos do domínio www.paulomargotto.com.br, aqui publicados ao longo de 13 anos.Todas as publicações da página são na língua portuguesa. Quando completamos 30 anos do nosso Boletim Informativo Pediátrico com Enfoque Perinatal (1981- 2011), o berço do livro Assistência ao Recém-Nascido de Risco, escrevemos e que resumo todo este empenho no engrandecimento da Neonatologia brasileira: nestes 30 anos, com certeza, foram várias as razões que nos impulsionam seguir adiante, na conquista do ideal de ser sempre útil, uma doação constante, na esperança do desabrochar de uma vida sadia, que começa em nossas mãos. Este mágico momento não pode admitir erro, sob o risco de uma cicatriz perene. É certamente emocionante fazer parte desta peça há tantos anos! "Não importa o quanto fazemos, mas quanto amor colocamos naquilo que fazemos"
Monografia (NEONATOLOGIA-HMIB-2022): Correlação entre a bilirrubina transcutânea e a bilirrubina sérica em récem-nascido pretermo em Unidade de Neonatologia de Hospital Terciário da Secretaria de Saúde do Distrito Federal usando o bilirrubinômetro BiliCare®

Monografia (NEONATOLOGIA-HMIB-2022): Correlação entre a bilirrubina transcutânea e a bilirrubina sérica em récem-nascido pretermo em Unidade de Neonatologia de Hospital Terciário da Secretaria de Saúde do Distrito Federal usando o bilirrubinômetro BiliCare®

Luciana Cabral de Araujo da Trindade.

Orientadora: Nathalia Bardal.

  • O uso de bilirrubinômetro para recém-nascidos prematuros vem sendo estudado nos últimos anos e mostrado resultados favoráveis.
  • O presente estudo, usado o BiliCare® está de acordo com os dados encontrados na literatura, apresentando uma boa correlação entre os valores de BTc e BTS, entretanto é mais fidedigno para faixas etárias a partir de 31 semanas. É um método não invasivo de estimar a bilirrubina total, propiciando ainda redução de gastos com material e recursos humanos.
  • Além disso, deve-se levar em consideração a faixa de valores da bilirrubina transcutânea que se mostra mais compatível com a bilirrubina sérica, que foi entre 5 e 11 no presente estudo.
  • Ainda há controvérsias na literatura quanto ao uso de bilirrubinômetros para prematuros, especialmente abaixo de 28 semanas e de 1500g. Portanto, o uso de bilirrubinômetro para esses grupos deve ser cuidadoso e apenas como triagem, respeitando-se as limitações do método e necessidade de mais estudos.
NEUROSSONOGRAFIA NEONATAL- Compartilhando imagens: AVC hemorrágico por Doença Hemorrágica Precoce por Deficiência de Vitamina K

NEUROSSONOGRAFIA NEONATAL- Compartilhando imagens: AVC hemorrágico por Doença Hemorrágica Precoce por Deficiência de Vitamina K

Paulo R. Margotto.

CASO CLÍNICO

Recém-nascido (RN) de parto vaginal, 40 semanas+3 dias, peso de 3880g (GIG) sexo feminino, apresentação cefálica com Apgar 9/9 e Liquido amniótico claro. Recebeu Vitamina K 1 mg IM.

Após 1 hora, realizado exame físico sem malformações aparentes, e encaminhada ao Alojamento Conjunto.

O RN retornou ao Centro Obstétrico (CO)  com 17 horas de vida devido cianose recorrente.

Os pais relatam que os episódios começaram mais ou menos com 9 horas de vida e, segundo os pais, ela apresenta cianose e “pára de respirar, fica com o olhar parado”.

No CO foram presenciados 3 episódios de cianose e num deles, a saturação caiu até 73%,e com duração de 30-40 segundos.

Recebeu ataque de Fenobarbital 20 mg/kg na ocasião.

Com 24 horas de vida apresentou mais 5 episódios Prescrito novo ataque de Fenobarbital (total acumulado 40mg/kg). Após esse evento, não apresentou novos episódios similares.

Devido aos episódios recorrentes de apneia foi trocado suporte ventilatório para CPAP nasal.

Com 24 horas de vida, foram realizados exames hematológicos: Fibrinogênio normal. PT (Prothrombin Time: avalia V, VII e X)  23,4 seg (10,0 – 14,0). Atividade da Protrombina: 35,8 %(70,0 – 120,0). Plaquetas: normais. PTT (Partial Thromboplastin Time avalia os fatores XII, XI, IX, VIII, X, V, II e I ) não realizado

Recebeu 5mg de Vitamina K endovenoso : o PT passou para 14, 3 seg e a Atividade de protrombina  passou para 75%.

Com PT prolongado + plaquetas normais e a resposta à Vitamina K, o diagnóstico mais provável foi de Doença Hemorrágica Precoce do Recém-Nascido.

Com 24 horas de vida (Figura 1) e 48 horas de vida  foram realizados os ultrassom transfontanelares  que mostraram área hiperecogênica na região temporal esquerda.

Status epilepticus super-refratário em crianças: um estudo de coorte retrospectivo

Status epilepticus super-refratário em crianças: um estudo de coorte retrospectivo

SuperRefractory Status Epilepticus in Children: A Retrospective Cohort Study.

Vasquez A, Farias-Moeller R, Sánchez-Fernández I, Abend NS, Amengual-Gual M, Anderson A, Arya R, Brenton JN, Carpenter JL, Chapman K, Clark J, Gaillard WD, Glauser T, Goldstein JL, Goodkin HP, Guerriero RM, Lai YC, McDonough TL, Mikati MA, Morgan LA, Novotny EJ, Ostendorf AP, Payne ET, Peariso K, Piantino J, Riviello JJ, Sands TT, Sannagowdara K, Tasker RC, Tchapyjnikov D, Topjian A, Wainwright MS, Wilfong A, Williams K, Loddenkemper T; Pediatric Status Epilepticus Research Group (pSERG).Pediatr Crit Care Med. 2021 Dec 1;22(12):e613-e625. doi: 10.1097/PCC.0000000000002786.PMID: 34120133

Apresentadora: Anna Lopes Jorge Vieira. Coordenação: Alexandre Serafim.

Pacientes com estado de mal epiléptico super-refratários apresentaram atraso no início do tratamento com medicamentos anticonvulsivantes não benzodiazepínicos, maior número de complicações médicas e mortalidade e menor retorno à linha de base neurológica do que pacientes com estado de mal epiléptico não super-refratários, embora essas associações não tenham sido ajustadas para possíveis fatores de confusão. Abordagens de tratamento após a primeira infusão contínua foram heterogêneos, refletindo informações limitadas para orientar a tomada de decisão clínica no estado de mal epiléptico super-refratário.

PRIORIZAÇÃO DA INICIAÇÃO E MANUTENÇÃO DA ESTABILIDADE DA LACTAÇÃO EM MÃES com PRÉ-TERMOS NA UTI NEONATAL

PRIORIZAÇÃO DA INICIAÇÃO E MANUTENÇÃO DA ESTABILIDADE DA LACTAÇÃO EM MÃES com PRÉ-TERMOS NA UTI NEONATAL

Paula P Meier (EUA).

25º  Congresso de Perinatologia, 1-4 de dezembro de 2021 (online)

Realizado por Paulo R. Margotto.

A Palestra inicia diferenciando leite da própria mãe (MOM-Mothers´Own Milk), leite de doadoras (DHM-Donor human Milk) e leite humano (HM-Human Milk-combinação de leite da própria mãe + leite de doadoras) e não são a mesma coisa. O leite da própria mãe (fresco ou congelado) reduz as complicações específicas da prematuridade e seus custos de forma dose-resposta e promove o crescimento adequado. Esses resultados benéficos não se estendem ao leite da própria mãe pasteurizado. O leite humano de doadora reduz a enterocolite necrosante, mas não a sepse, a displasia broncopulmonar e problemas de neurodesenvolvimento e custos e se associa a um crescimento lento. MOM é a forma mais pura da MEDICINA PERSONALIZADA porque provê à criança que o recebe nutrição individualizada e componentes imunomodulatórios.   MOM interage com as enzimas da criança receptora (ou vice-versa). A enzima no leite da própria mãe (xantina amilase) interage com a xantina para PRODUZIR EFEITO ANTIMICROBIANO PODEROSO que não pode ser medido no leite antes da interação com a saliva do bebê, o que não ocorre com o leite de doadora, cuja pasteurização destrói a enzima amilase xantina e muito menos com a fórmula! Inclusive há uma adequação na degradação por proteases endógenas presentes no leite do pré-termo pode atenuar os problemas por causa do sistema digestivo imaturo do bebê prematuro. O contato pele a pele coloniza a pele que vai até então ao intestino materno e chega até a corrente sanguínea, glândula mamária e chega até o RN. Em termos gerais e científicos não há substituto do leite da sua própria mãe para os bebês prematuros. Então, vejamos como conseguir mais esse leite, como fazer com que as mães consigam produzir mais leite e consigam atravessar todo esse tempo de internação na UTI até chegarem em casa amamentando. O maior preditor de amamentação após sair da UTI (odds ratio de 9,7) é atingir o volume ≥ 500 ml/dia pós-parto no 14º dia (coming to volume-CTV). A mãe deve produzir muito mais leite do que a criança pode consumir nas primeiras 2 semanas de vida. Chamamos isso de DEFASAGEM entre o volume necessário de MOM para satisfazer a demanda do RN versus o volume necessário para regular os processos de lactação, e isso cria confusão para as famílias e os Cuidadores de Saúde. No entanto, a mãe precisa estar produzindo mais de 500 ml por dia para conseguir produzir leite para o seu bebê ao chegar em casa e manter a lactação. Entendendo como conseguir essa quantidade de leite: entre os mecanismos responsáveis pela regulação da lactação são a) pico de prolactina induzido pela sucção (sempre que há o estímulo para remoção do leite, como o uso da bomba tira leite ou sucção), observa-se um aumento 2-3 vezes acima do valor basal de prolactina pela hipótese b) FIL (inibidor do feedback da lactação): proteína do leite que, quando não removida pelo bebê durante a amamentação (ou seja, fica leite para trás) torna a glândula mamária menos sensível à prolactina. Em outras palavras, é a estase do leite inibindo a produção. A mama “pensa” que o bebê não precisa de toda essa quantidade de leite e então não substitui esse leite. É O MECANISMO DO DESMAME! As mães em uso de extração manual exclusiva tiveram significativamente (p <0,05) menor produção de leite diária cumulativa ao longo dos primeiros 7 dias pós-parto em comparação com mães em uso de extração por bomba de tira leite exclusiva. Use uma bomba tira leite e use a expressão manual somente depois da bomba tira leite e não exclusivamente. A bomba tira-leite regula a lactação, não serve apenas para a remoção do leite. Dizer que só podemos usar a expressão manual está completamente contrário às evidências nessa área. Quanto aos biomarcadores, a concentração de Na e a relação Na:K nos dias 3 e 5 pós-parto no leite da própria mãe são preditivos de obtenção de CTV nesta população (elevação prolongada do Na+ ou na relação ou Na/K previu uma ativação secretora prejudicada). Segundo Ricardo Nunes, o percentual de bebês que saem do Hospital amamentando exclusivamente ao seio no Brasil é apenas 20%. Por que não combinar expressão manual com a bomba elétrica? Combinando a expressão manual com a bomba elétrica, aumenta a retirada de leite. Estudos mostram que nos primeiros 3-5 dias combinando a expressão manual com a bomba elétrica, foi possível obter um volume de 700 ml ao final da 2ª semana e mais, a partir do 20º dia pós-parto, ensinando as mães a usarem a expressão manual após bomba elétrica, conseguiram um volume médio de leite 48% maior. Quanto aos custos, foi evidenciada uma economia para o Sistema Nacional de Saúde (NHS) no Reino Unido de 39,1 milhões de dólares em um ano de aumento do uso do leito humano e amamentação da UTI Neonatal. Isso mostra a importância do uso do leite da própria mãe na UTI Neonatal.

 

Retinopatia da Prematuridade: Tratamento Evolutivo com Fator de Crescimento Endotelial Antivascular

Retinopatia da Prematuridade: Tratamento Evolutivo com Fator de Crescimento Endotelial Antivascular

Retinopathy of PrematurityEvolving Treatment With Anti-Vascular Endothelial Growth Factor. Hartnett ME .Am J Ophthalmol. 2020 Oct;218:208-213. doi: 10.1016/j.ajo.2020.05.025. Epub 2020 May 23.PMID: 32450064 Free PMC article. Review. Artigo Livre!

Apresentação: Lays Silveira Piantino Pimentel R4 Neonatalogia. Thaiana Beleza R5 Neonatologia

Coordenação: Nathalia Bardal

Ainda não está claro qual dose e qual agente anti-VEGF pode ser administrado para inibir com segurança a neovascularização pré-retiniana e facilitar a vascularização da retina avascular sem ferir a retina neural ou envolver órgãos sistêmicos, incluindo o cérebro. O tratamento anti-VEGF idealmente seria um agente que não exigiria repetição de injeções, que também aumentam o risco para os olhos.

Se a ROP for diagnosticada erroneamente e o tratamento for realizado muito cedo, então o efeito pode ser semelhante à administração de uma dose muito alta. Portanto, diagnóstico preciso é importante.

Os objetivos na retinopatia da prematuridade são otimizar os cuidados pré-natais e perinatais, melhorar a perspicácia diagnóstica em todo o mundo e refinar as estratégias de tratamento, inclusive com agentes anti-VEGF, para inibir a angiogênese intravítrea e facilitar a vascularização da retina anteriormente avascular, que inclui suporte neural e vascular do desenvolvimento do prematuro e da retina.

Nos complementos:

-A presença de doença plus, história de oxigenoterapia ou fototerapia e IG menor que 32 foram associados a um aumento significativo da prevalência de falha no tratamento com anti-VEGF. Os fatores de risco que predizem a recorrência são baixo peso ao nascer, pré-tratamento da zona 1, história de intubação, anemia e sepse.

-Os pacientes tratados com bevacizumab (anti-fator de crescimento endotelial vascular) ainda devem ser cuidadosamente monitorados para problemas de neurodesenvolvimento.

 

 

Abordagem Baseada em Sistemas para as Etiologias Genéticas de Hidropsia Fetal Não Imune

Abordagem Baseada em Sistemas para as Etiologias Genéticas de Hidropsia Fetal Não Imune

A system-based approach to the genetic etiologies of non-immune hydrops fetalisMardy AH, et al. Prenat Diagn. 2019. PMID: 31087399 Free PMC article. Review. Artigo Livre!

APRESENTAÇÃO:THALITA FERREIRA & FLAVIA MOURA. Unidade de Neonatologia do HMIB/SES/DF. COORDENAÇÃO: NATHALIA BARDAL

  • Um amplo espectro de causas genéticas pode levar à hidropisia fetal não imune (NIHF), e uma avaliação fenotípica e genética completa são essenciais para determinar a etiologia subjacente, gerenciar de maneira ideal essas gestações e informar discussões sobre o prognóstico antecipado.
  • Nesta revisão, são descritas as etiologias genéticas conhecidas de HFNI por sistema de órgãos fetais afetados e fornecemos uma abordagem sistemática para a avaliação de HFNI. Alguns dos distúrbios genéticos subjacentes estão associados a características fenotípicas características que podem ser observadas na ultrassonografia pré-natal, como hepatomegalia com distúrbios de armazenamento lisossômico, rins hiperecogênicos com nefrose congênita ou estenose valvar pulmonar com RASopatias.
  • No entanto, nem sempre é assim, e a abordagem da avaliação deve incluir achados de ultrassonografia pré-natal, bem como testes genéticos e muitos outros fatores. Os testes genéticos que têm sido utilizados para NIHF variam de microarray cromossômico padrão ou cariótipo a painéis de genes e abordagens amplas, como o sequenciamento completo do exoma.
  • A história familiar e obstétrica, bem como o exame anatomopatológico, podem fornecer pistas adicionais que são úteis para estabelecer um diagnóstico. Uma abordagem sistemática para avaliação pode orientar uma abordagem mais direcionada para avaliação genética, diagnóstico e gestão de NIHF. pode fornecer pistas adicionais que são úteis para estabelecer um diagnóstico.
  • Uma abordagem sistemática para avaliação pode orientar uma abordagem mais direcionada para avaliação genética, diagnóstico e gestão de NIHF. pode fornecer pistas adicionais que são úteis para estabelecer um diagnóstico. Uma abordagem sistemática para avaliação pode orientar uma abordagem mais direcionada para avaliação genética, diagnóstico e gestão de NIHF.
Efeitos dos antibióticos no início da vida no microbioma e resistoma do intestino infantil em desenvolvimento: um estudo randomizado.

Efeitos dos antibióticos no início da vida no microbioma e resistoma do intestino infantil em desenvolvimento: um estudo randomizado.

Effects of early-life antibiotics on the developing infant gut microbiome and resistome: a randomized trial. Reyman M, van Houten MA, Watson RL, Chu MLJN, Arp K, de Waal WJ, Schiering I, Plötz FB, Willems RJL, van Schaik W, Sanders EAM, Bogaert D.Nat Commun. 2022 Feb 16;13(1):893. doi: 10.1038/s41467-022-28525-z.PMID: 35173154. Artigo Livre!

Realizado por Paulo R Margotto

Os autores detectaram efeitos significativos a longo prazo do tratamento antibiótico de amplo espectro para  SEPSE DE INÍCIO PRECOCE (sEONS) e eles acreditam  que esses dados sugerem que mais ênfase deve ser colocada na redução do número de neonatos que recebem antibióticos de amplo espectro para sEONS e, se necessário, prescrever preferencialmente penicilina + gentamicina, pois esse regime causa menos efeitos colaterais ecológicos

DECLARAÇÃO DE BEBBY BOGAERT, pesquisadora  da Universidade de Edimburgo e um dos autores do estudo

 

“Ficamos surpresos com a magnitude e a duração dos efeitos dos antibióticos. Isso, provavelmente, ocorre porque o tratamento com esses medicamentos é administrado no momento em que os bebês acabaram de receber os seus primeiros micróbios herdados da mãe e ainda não desenvolveram um microbioma resiliente”

 

Monografia (PEDIATRIA-HMIB-2022): Situação vacinal dos pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal de um Hospital terciário de referência

Monografia (PEDIATRIA-HMIB-2022): Situação vacinal dos pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal de um Hospital terciário de referência

ANA ELISA OLIVEIRA ROSA E SOUSA

Orientador: Carlos Alberto Moreno Zaconeta

Trabalho de Conclusão de Curso Residência Médica em Pediatria – HMIB (2019-2022)

A assistência aos prematuros apresentou um avanço considerável nos últimos anos. Apesar do avançado arsenal de recursos terapêuticos atualmente disponíveis nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), umas das medidas mais eficientes comprovadamente capazes de reduzir a morbimortalidade nessa população é, por muitas vezes, negligenciada ou
deixada em segundo plano. Trata-se da vacinação. Não é infrequente o registro de atraso vacinal entre os prematuros, sobretudo naqueles de baixo peso e nos prematuros extremos. O alerta para tal realidade se faz necessário, uma vez que esses bebês apresentam elevado risco de contrair doenças imunopreveníveis; estas, em geral, graves e com desfechos não favoráveis.
Segundo as atuais recomendações, os recém-nascidos pré-termos e/ou de baixo peso ao nascer, desde que clinicamente estáveis, devem receber todas as doses das vacinas de acordo com sua idade cronológica. O presente trabalho, portanto, teve por intuito analisar a situação vacinal dos bebês prematuros e/ou com baixo peso internados na UTIN do HMIB, assim como eventuais
efeitos colaterais relativos às imunizações realizadas. Foi realizado um estudo descritivo, analítico e transversal, com coleta retrospectiva de dados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), no período de 6 meses (junho a dezembro de 2021). Encontrou-se um atraso global na administração dos respectivos imunizantes, e nenhum efeito colateral foi observado nos bebês que receberam as vacinações. Além de colaborar para uma melhor assistência integral ao recém-nascido pré-termo e/ou com baixo peso, o trabalho proporciona um retorno à unidade assistente, gera informações aos profissionais envolvidos e desperta quanto à importância de se manter a vacinação atualizada.

Monografia (PEDIATRIA-HMIB-2022)-APRESENTAÇÃO: Situação vacinal dos pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal de um Hospital terciário de referência

Monografia (PEDIATRIA-HMIB-2022)-APRESENTAÇÃO: Situação vacinal dos pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal de um Hospital terciário de referência

ANA ELISA OLIVEIRA ROSA E SOUSA

Orientador: Carlos Alberto Moreno Zaconeta

Trabalho de Conclusão de Curso Residência Médica em Pediatria – HMIB (2019-2022)

A assistência aos prematuros apresentou um avanço considerável nos últimos anos. Apesar do avançado arsenal de recursos terapêuticos atualmente disponíveis nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), umas das medidas mais eficientes comprovadamente capazes de reduzir a morbimortalidade nessa população é, por muitas vezes, negligenciada ou
deixada em segundo plano. Trata-se da vacinação. Não é infrequente o registro de atraso vacinal entre os prematuros, sobretudo naqueles de baixo peso e nos prematuros extremos. O alerta para tal realidade se faz necessário, uma vez que esses bebês apresentam elevado risco de contrair doenças imunopreveníveis; estas, em geral, graves e com desfechos não favoráveis.
Segundo as atuais recomendações, os recém-nascidos pré-termos e/ou de baixo peso ao nascer, desde que clinicamente estáveis, devem receber todas as doses das vacinas de acordo com sua idade cronológica. O presente trabalho, portanto, teve por intuito analisar a situação vacinal dos bebês prematuros e/ou com baixo peso internados na UTIN do HMIB, assim como eventuais
efeitos colaterais relativos às imunizações realizadas. Foi realizado um estudo descritivo, analítico e transversal, com coleta retrospectiva de dados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), no período de 6 meses (junho a dezembro de 2021). Encontrou-se um atraso global na administração dos respectivos imunizantes, e nenhum efeito colateral foi observado nos bebês que receberam as vacinações. Além de colaborar para uma melhor assistência integral ao recém-nascido pré-termo e/ou com baixo peso, o trabalho proporciona um retorno à unidade assistente, gera informações aos profissionais envolvidos e desperta quanto à importância de se manter a vacinação atualizada.

Envolvimento Neurológico em Crianças e adolescentes hospitalizados nos Estados Unidos por COVID- 9 ou Síndrome Inflamatória Multissistêmica

Envolvimento Neurológico em Crianças e adolescentes hospitalizados nos Estados Unidos por COVID- 9 ou Síndrome Inflamatória Multissistêmica

Neurologic Involvement in Children and Adolescents Hospitalized in the United States for COVID19 or Multisystem Inflammatory SyndromeLaRovere KL, Riggs BJ, Poussaint TY, Young CC, Newhams MM, Maamari M, Walker TC et al. JAMA Neurol. 2021 May 1;78(5):536-547. doi: 10.1001/jamaneurol.2021.0504.PMID: 33666649.

Apresentação :Ana Carolina Accioli. Coordenação: Alexandre Serafim

Neste estudo de 1.695 pacientes com 21 anos ou menos hospitalizados por COVID-19 aguda ou síndrome inflamatória multissistêmica, 365 (22%) tiveram envolvimento neurológico. Quarenta e três pacientes (12%) desenvolveram distúrbios neurológicos com risco de vida relacionados ao COVID-19, 11 (26%) morreram e 17 (40%) sobreviveram com novas sequelas neurológicas.

E TAMBÉM!

  • Neste estudo, o envolvimento neurológico foi comum em crianças e adolescentes com hospitalização relacionada à COVID-19 e é geralmente transitória.
  • Um espectro de envolvimento neurológico com risco de vida raramente ocorreu e foi associado a inflamação mais extrema e sequelas graves.
  • Futuros estudos imunológicos de respostas imunes mediados por células e citocinas em indivíduos jovens podem fornecer informações na patogênese da doença neurológica em COVID-19 e MIS-C.
  • Pacientes com envolvimento neurológico menos grave podem ter sequelas futuras.
  • Acompanhamento a longo prazo dos pacientes pediátricos com envolvimento neurológico relacionado ao COVID-19 é necessário para avaliar os efeitos sobre a cognição e o desenvolvimento.