Destruição e insuficiência do tecido placentário por COVID-19 causa natimorto e morte neonatal por lesão hipóxico-isquêmica: um estudo de 68 casos com placentite SARS-CoV-2 de 12 países

Destruição e insuficiência do tecido placentário por COVID-19 causa natimorto e morte neonatal por lesão hipóxico-isquêmica: um estudo de 68 casos com placentite SARS-CoV-2 de 12 países

Placental Tissue Destruction and Insufficiency from COVID-19 Causes Stillbirth and Neonatal Death from Hypoxic-Ischemic Injury: A Study of 68 Cases with SARS-CoV-2 Placentitis from 12 Countries. Schwartz DA, Avvad-Portari E, Babál P, Baldewijns M, Blomberg M, Bouachba A, Camacho J et al..Arch Pathol Lab Med. 2022 Feb 10. doi: 10.5858/arpa.2022-0029-SA. Online ahead of print.PMID: 35142798.

Realizado por Paulo  Margotto

                                         

                                           Nesse estudo as mães NÃO foram vacinadas para a COVID-19!

 

Esses autores descobriram que a placentite por SARS-CoV-2 pode causar danos extensos à placenta como resultado de lesões destrutivas e que o dano pode ser ainda mais exacerbado por anormalidades patológicas adicionais. Aumento da fibrina e deposição maciça de fibrina perivilosa, intervilosite histiocítica crônica e a necrose trofoblástica resulta em destruição considerável do leito capilar viloso acompanhada de obstrução do espaço interviloso, causando má perfusão e insuficiência placentária incompatíveis com a sobrevida intrauterina. A hipóxia fetal que se segue pode levar a uma morte fetal hipóxico-isquêmica ou morte neonatal. É uma sorte que essa sequência de eventos se desenvolva em apenas uma pequena porcentagem de mulheres grávidas com COVID-19.

ENTREVISTA A MÍDIA PELO PRINCIPAL AUTOR DA PESQUISA, DR. DAVID SCHWARTZ:

 

David Schwartz, o principal autor da pesquisa, relatou que anteriormente pensava-se que a Covid-19 afetava os fetos, assim como outros vírus fazem no momento da infecção. No entanto, o SARS-CoV-2 age diretamente na placenta, a destruindo amplamente.

“Muitos desses casos tiveram mais de 90% da placenta destruída – muito assustador”, disse Schwartz. “Nunca vimos esse nível de destruição de uma doença infecciosa antes. Isso tornou a placenta imprópria para cumprir suas funções”, completa ainda.

Normalmente, o tecido da placenta é um tom avermelhado, saudável e esponjoso, mas nas amostras analisadas estavam rígidos e com descolorações escuras de tecido morto.  “Não é o feto que está sendo atacado e destruído pelo vírus. É a placenta”, finaliza Schwartz.