INFECÇÃO PERINATAL PELO NOVO CORONAVÍRUS-2019

INFECÇÃO PERINATAL PELO NOVO CORONAVÍRUS-2019

Paulo R. Margotto. Capítulo do livro Assistência ao Recém-Nascido de Risco, 4a Edição, Editado por Paulo R. Margotto, 2020, no Prelo

Desde dezembro de 2019, a nova infecção por coronavírus mostra as características epidemiológicas clínicas da disseminação rápida e a capacidade de infectar uma população em geral suscetível. A Doença de Coronavírus 2019 (COVID-19) é uma doença emergente com um rápido aumento de 51 casos e mortes desde a sua primeira identificação em Wuhan, China, em dezembro de 2019. Dados limitados estão disponíveis sobre o COVID-19 durante a gravidez; no entanto, informações sobre doenças associadas com outros coronavírus altamente patogênicos (isto é, síndrome respiratória aguda grave (SARS) e a síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS) pode fornecer informações sobre os efeitos do COVID-19 durante a gravidez. O tipo de pneumonia causada pelo COVID-19 é uma doença altamente infecciosa. Até 19 de fevereiro de 2020, mais de 70000 casos de COVID-19 foram confirmados em laboratório com mais de 1800 MORTES. O surto em curso foi declarado pela Organização Mundial da Saúde como uma emergência global de saúde pública.O agente patogênico pertence à coronavírus de tipo β (2019 novo coronavírus, 2019-nCoV).

A infecção perinatal pelo 2019-nCoV pode ter efeitos adversos em recém-nascidos, causando problemas, tais como angústia fetal, trabalho de parto prematuro, angústia respiratória, trombocitopenia acompanhada de alterações na função hepática e até a morte. No entanto, a transmissão vertical de 2019-nCoV ainda está para ser confirmada.

Esse Capítulo foi realizado com bases   nas últimas evidências publicadas até agora em março, abordando o Cuidado com a Gestante e Recém-Nascido, esclarecendo pontos polêmicos, incluindo o aleitamento materno,  o tempo do clampeamento do cordão umbilical (até o dia de hoje, não há evidência de transmissão vertical do  novo coronavírus), embora todos nós saibamos que devido a limitação dos casos em recém-nascidos e evidências para COVID-19 neonatal, essas propostas deverão sofrer mudanças com base em evidências clínicas acumuladas e experiência.