Mês: fevereiro 2019

Monografia-Neonatologia (HMIB-2019). Apresentação: Análise dos fatores de risco associados à ocorrência de hemorragia intracraniana em recém-nascidos prematuros em um Hospital de Referência no Distrito Federal

Monografia-Neonatologia (HMIB-2019). Apresentação: Análise dos fatores de risco associados à ocorrência de hemorragia intracraniana em recém-nascidos prematuros em um Hospital de Referência no Distrito Federal

Lara Ramos Pereira

A hemorragia peri/intraventricular (HP/HIV) é um evento neurológico grave e comum no período neonatal, e é causa de óbito e sequelas neurológicas, como paralisia cerebral, convulsões, deficiências cognitivas e atraso de desenvolvimento neuropsicomotor, principalmente no recém-nascido (RN) prematuro.

Foi realizado um estudo observacional de coorte retrospectiva em um hospital público de referência no Distrito Federal, o Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB). Foram incluídos recém-nascidos com idade gestacional (IG) entre 24 e 33 semanas e 6 dias, nascidos vivos, internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal desse Hospital, no período de 1º de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2017.

Na amostra analisada, 42 recém-nascidos apresentaram HP/HIV, o que corresponde a um total de 19,1%.

A corticoterapia pré-natal com betametasona foi considerada fator protetor para o desfecho de hemorragia intraventricular estatisticamente significativo, nessa amostra (OR foi de 0,2, com IC a 95% 0,04 – 0,9).

A sepse precoce e  A sepse tardia foram considerados fatores de risco estatisticamente significativos associados a ocorrência de HIV.

O baixo peso de nascimento se mostrou um fator de risco significativamente importante para a ocorrência de HIV, com p<0,01

Após a regressão logística a única variável isolada relacionada a HIV foi o tempo de VM (p= 0,010). Onde a cada 3,3 dias a menos de ventilação mecânica reduz em 10% o risco da HP/HIV (OR 0,96; IC a 95% 0,94 – 0,99).

 

 

Monografia-Neonatologia (HMIB-2019): Fatores associados ao óbito em pacientes com hérnia diafragmática: estudo em um hospital de referência no Distrito Federal

Monografia-Neonatologia (HMIB-2019): Fatores associados ao óbito em pacientes com hérnia diafragmática: estudo em um hospital de referência no Distrito Federal

Deyse Costa (R4 em Neonatologia -Hospital Materno Inantil de Brasília/SES/DF)

A hérnia diafragmática congênita é uma afecção de alta mortalidade (20 a 40%). A história natural varia conforme a gravidade 10-13, em alguns Centros terciários que oferecem oxigenação extracorpórea (ECMO) a sobrevida chega a variar de 20-76%. No presente estudo, foi observada uma taxa de óbito de (70,8%), sendo 2 óbitos (11,7%) em Sala de Parto e um durante cirurgia (5,8%). Apgar no 1º foi fator fortemente associado ao óbito. O baixo peso ao nascer foi identificado como fator de risco independente para desfechos desfavoráveis

 

Discussão Clínica: Estreptococo Grupo B na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatal; Endocardite Infecciosa Neonatal; Transfusão de hemácias e Enterocolite Necrosante; Avaliação ultrassonográfica da anatomia da espinha lombar em recém-nascidos: Implicações para ótima performance da punção lombar

Discussão Clínica: Estreptococo Grupo B na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatal; Endocardite Infecciosa Neonatal; Transfusão de hemácias e Enterocolite Necrosante; Avaliação ultrassonográfica da anatomia da espinha lombar em recém-nascidos: Implicações para ótima performance da punção lombar

Paulo R. Margotto e Equipe Neonatal do HMIB/SES/DF

Monografia-Pediatria(HMIB-2018):Cetoacidose diabética: diagnóstico e abordagem em Pronto Socorro Infantil

Monografia-Pediatria(HMIB-2018):Cetoacidose diabética: diagnóstico e abordagem em Pronto Socorro Infantil

Milena Pires

A CETOACIDOSE DIABÉTICA (CAD) é uma complicação aguda grave e potencialmente fatal da DIABETES MELITUS (DM), que representa o resultado final das anormalidades metabólicas decorrente de uma deficiência ou ineficácia absoluta de insulina com ativação dos hormônios contrarreguladores e consequente quadro metabólico complicado.

PILARES DO TRATAMENTO

—Estabilização do paciente (ABCD);—Reidratação efetiva (em velocidade segura);—Interrupção da formação de ácidos (insulinoterapia);—Correção dos distúrbios hidroeletrolíticos;—Monitorização de complicações

A história do tratamento da Síndrome de Transfusão Feto-Fetal (The History of Treatment of Twin-to-Twin Transfusion Syndrome)

A história do tratamento da Síndrome de Transfusão Feto-Fetal (The History of Treatment of Twin-to-Twin Transfusion Syndrome)

The History of Treatment of Twin-to-Twin Transfusion Syndrome.Glennon CL, Shemer SA, Palma-Dias R, Umstad MP.Twin Res Hum Genet. 2016 Jun;19(3):168-74. doi: 10.1017/thg.2016.27. Review.PMID: 27203604.Similar articles

Apresentação:Daniela Megumi. R3 Neonatologia – HMIB. Coordenação: Nathalia Bardal.

 

Sugestões históricas da síndrome de transfusão de gêmeos para gêmeos (síndrome de transfusão feto fetal STFF) datam do início do século XVII. Anastomoses placentárias foram relatadas pela primeira vez em 1687; no entanto, foi Schatz quem primeiro identificou sua importância em 1875. Ele reconheceu “a área de transfusão” dentro do “bairro viloso” da placenta, que ele chamou a “terceira circulação”. Este artigo descreve como o gerenciamento Da STFF evoluiu à medida que adquiriram uma compreensão e apreciação mais sofisticadas das complexas anastomoses vasculares que existem em placentas gêmeas monocoriônicas. Atualmente, a oclusão fetosópica a laser é o tratamento preferido opção para a STFF.

Monografia-UTI-Pediátrica do HMIB-2019: Monitorização multimodal na UTI Pediátrica: o Papel da Ecocardiografia Funcional no Choque Séptico Pediátrico

Monografia-UTI-Pediátrica do HMIB-2019: Monitorização multimodal na UTI Pediátrica: o Papel da Ecocardiografia Funcional no Choque Séptico Pediátrico

Fernanda Kariny Aparecida Gomes.

RESUMO

A sepse é uma das principais causas de morte nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) Neonatal e Pediátrica. No choque séptico em pacientes pediátricos, alterações do nível de consciência e/ou da perfusão tecidual são os primeiros sinais. É importante o reconhecimento do choque séptico antes da instalação da hipotensão. A velocidade e a adequação do tratamento administrado nas horas iniciais após o desenvolvimento da sepse grave tendem a influenciar o resultado. A ecocardiografia tem se tornado uma ferramenta fundamental no atendimento ao paciente grave e vem sendo incorporada à prática clínica como método de avaliação hemodinâmica. Objetivo: Avaliar o papel da ecocardiografia funcional na mudança da conduta terapêutica dos pacientes com choque séptico. Método: estudo prospectivo, descritivo, transversal, feito por meio da aplicação de um questionário estruturado aos médicos residentes e assistentes da UTI Pediátrica do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), entre os meses de janeiro e agosto de 2018, contendo questões sobre a conduta do médico antes e após a realização da ecocardiografia funcional, em pacientes com diagnóstico de choque séptico internados na UTI pediátrica do HMIB. Resultados: Foram avaliados no total 14 pacientes, 71,4% do sexo feminino, idade média de 6 anos e 4 meses, peso médio de 20,85 kg. O diagnóstico que mais motivou o choque séptico foi abdome agudo (50%), 64,3% dos pacientes estavam em uso de drogas vasoativas/inotrópicas e a grande maioria dos exames foi realizado pelos staffs (78,6%). Dos 14 pacientes avaliados no presente estudo, 11 (78,6%) tiveram a conduta terapêutica modificada após a realização do ecocardiograma funcional e apenas 3 (21,4%) não tiveram. Dos 11 pacientes, em 4 (36.3%) houve modificação da droga, 3 (27.2%) iniciaram droga vasoativa e em 1 (9%) a droga foi suspensa. Em 3 (27.2%) foi realizada a expansão volêmica. Conclusão: A ecocardiografia é talvez uma das ferramentas mais úteis no diagnóstico e tratamento do choque, particularmente quando a etiologia é indiferenciada ou multifatorial. Não invasiva e rápida de iniciar, pode ser aplicada à beira do leito a qualquer hora, podendo fornecer à equipe de ressuscitação um poderoso instrumento que pode ser usado para diagnosticar/excluir causas potencialmente tratáveis e orientar a intervenção terapêutica.

Discussão Clínica: Resíduo gástrico (é para aspirar?); Hipomagnesemia por retirada de Líquor céfalorraquidiano; Paracetamol no tratamento do canal arterial; Protocolo do manuseio mínimo

Discussão Clínica: Resíduo gástrico (é para aspirar?); Hipomagnesemia por retirada de Líquor céfalorraquidiano; Paracetamol no tratamento do canal arterial; Protocolo do manuseio mínimo

Paulo R. Margotto e Equipe Neonatal do HMIB/SES/DF

Gemelaridade- Uma Abordagem para o Neonatologista

Gemelaridade- Uma Abordagem para o Neonatologista

Márcia Pimentel de Castro/Paulo R. Margotto

Capítulo do livro Assistência ao Recém-Nascido de Risco, 4a Edição, 2019 (no prelo)

Francis Galton (1822-1911), que lançou as bases da Biometria cerca de 25 anos antes da redescoberta dos trabalhos do pai da Genética (Gregor Johann Mendel,1822-1884), já participara à Anthropological Society of London que os gêmeos podem ser estudados com a finalidade de avaliar a contribuição do que ele chamou de natura e nurtura na determinação dos caracteres quantitativos (Galton, 1876). Esse binômio passou, mais tarde, a ser designado por genótipo e ambiente, mas o princípio lógico estabelecido por Galton para o estudo de gêmeos com a finalidade de investigar a participação do genótipo na variação fenotípica permaneceu basicamente o mesmo. Os fatores do ambiente que afetam as diferenças intrapar dos gêmeos monozigóticos (oriundos de um único zigoto) seriam comparáveis aos fatores ambientais que afetam as diferenças intrapar dos gêmeos dizigóticos, os quais, do mesmo modo que os pares de irmãos nascidos de gestações sucessivas, são oriundos de dois zigotos.

            Atualmente se sabe que a gemelaridade ocorre em 1,6% das gestações e é um campo importante do conhecimento da reprodução humana. A maior incidência de problemas neonatais em gêmeos comparado a recém-nascidos de gestações únicas dá suporte à noção de que gestação múltipla é um desvio do padrão humano normal. Restrição do crescimento intra-uterino, prematuridade, malformações congênitas e mortalidade perinatal aumentada são mais comuns em gêmeos do que em fetos únicos. O conhecimento sobre a embriologia da gemelaridade auxilia a compreender a ocorrência de algumas destas complicações.

 

QUILOTÓRAX

QUILOTÓRAX

Paulo R. Margotto

Retirado do capítulo do livro Assistência ao Recém-Nascido de Risco, 4ª Edição, 2019, no prelo

Papel do sildenafil no quilotórax:

Na falha do octreotide, o Sildenafil pode ter benefício, inicialmente descrito nos casos quando foi usado no tratamento da hipertensão pulmonar associada à  à linfangiectasia pulmonar, em que o uso de octreotide foi ineficaz. Um mecanismo pelo qual o sildenafil pode facilitar a resolução de quilotórax congênito e malformações linfáticas envolve a geração de novos vasos linfáticos. O crescimento e a função dos vasos linfáticos são regulados pelo monofosfato cíclico de guanosina (cGMP), que medeia a proliferação de células endoteliais linfáticas, a migração e a formação de tubos. O sildenafil previne a degradação do cGMP pela inibição seletiva da fosfodiesterase-5 e pode, assim, facilitar o crescimento e / ou remodelamento dos vasos linfáticos, permitindo a resolução da obstrução linfática e do quilotórax.

Discussão Clínica: Como usar o lactato; Caso Anátomo-Clínico: Kernicterus, Hemorragia pulmonar (intra-alveolar) e Lesão pela transfusão sanguínea (TRALI); ) Exposição precoce ao antibiótico e desfechos adversos nos pré-termo de muito baixo peso ao nascer.

Discussão Clínica: Como usar o lactato; Caso Anátomo-Clínico: Kernicterus, Hemorragia pulmonar (intra-alveolar) e Lesão pela transfusão sanguínea (TRALI); ) Exposição precoce ao antibiótico e desfechos adversos nos pré-termo de muito baixo peso ao nascer.

Paulo R. Margotto e Equipe Neonatal do HMIB/SES/DF