Mês: fevereiro 2019

Monografia- HMIB (UTI Pediátrica-2019): Balanço Nitrogenado: um acesso ao status nutricional agudo no paciente crítico pediátrico

Monografia- HMIB (UTI Pediátrica-2019): Balanço Nitrogenado: um acesso ao status nutricional agudo no paciente crítico pediátrico

Fernanda de Oliveira César.

RESUMO

Objetivo: avaliar o status nutricional agudo de um grupo de pacientes internados em uma UTI Pediátrica através da medida do balanço nitrogenado, e avaliar o impacto de um maior aporte de dieta nesse balanço.

Métodos: estudo de coorte prospectivo realizado de março a junho de 2018, envolvendo crianças com idade entre 29 dias e 14 anos, com sonda vesical de demora pela necessidade do próprio tratamento. Realizada coleta da urina de 24 horas para o cálculo do balanço nitrogenado (BN), que foi classificado como positivo (BN > 0) ou negativo (BN < 0) para as análises.

Resultados: foram avaliados 40 pacientes, sendo possível a coleta de uma segunda amostra em 7 deles. Das 47 amostras, 25 (53%) apresentaram um BN positivo. Das amostras com BN positivo, a média de aporte proteico e calórico foi de 1,4 g/kg/dia e 61 Kcal/kg/dia, respectivamente. Dos pacientes que obtivemos uma segunda coleta da urina de 24 horas, realizada com um maior aporte nutricional, os balanços nitrogenados da segunda coleta foram estatisticamente maiores que o da primeira, com um p-valor de 0,018.

Conclusões: pode-se constatar que uma melhora no aporte calórico e proteico do paciente crítico pediátrico se reflete em uma melhora do balanço nitrogenado. Os valores encontrados de aporte calórico e proteico para se atingir um BN positivo foram semelhantes aos da literatura. São necessárias técnicas mais acessíveis e disponíveis para uma melhor determinação do aporte proteico ideal no paciente crítico pediátrico.

 

EDITORIAL: Transfusões de plaquetas em neonatos – menos é mais (Platelet Transfusions in Neonates – Less Is More)

EDITORIAL: Transfusões de plaquetas em neonatos – menos é mais (Platelet Transfusions in Neonates – Less Is More)

Platelet Transfusions in Neonates – Less Is More.

Sola-Visner MC.N Engl J Med. 2019 Jan 17;380(3):287-288. doi: 10.1056/NEJMe1813419. No abstract available.PMID:30650325.Similar articles.

Realizado por Paulo R.Margotto

Discussão Clínica: Transição hemodinâmica ao nascer; Dose de paracetamol no fechamento do canal arterial;Eritromicina como procinético;Priapismo;Coleta do sangue para glicemia na mãozinha, ASSIM COMO O TESTE DO PEZINHO

Discussão Clínica: Transição hemodinâmica ao nascer; Dose de paracetamol no fechamento do canal arterial;Eritromicina como procinético;Priapismo;Coleta do sangue para glicemia na mãozinha, ASSIM COMO O TESTE DO PEZINHO

Paulo R. Margotto e Equipe Neonatal do HMIB/SES/DF

Monografia-Pediatria (HMIB-2019): Alergia ao leite de vaca: análise da percepção dos pais sobre a dieta e impacto na qualidade de vida

Monografia-Pediatria (HMIB-2019): Alergia ao leite de vaca: análise da percepção dos pais sobre a dieta e impacto na qualidade de vida

Andressa Mary Cardoso de Sousa.

Objetivo: Avaliar a percepção dos pais das crianças com alergia ao leite de vaca sobre as restrições e permissões na dieta e se há impacto na qualidade de vida.
Metodologia: Foram aplicados dois questionários para os pais que acompanhavam no Hospital da Criança de Brasília (HCB): em um foi questionado critérios clínicos-epidemiológicos, frequência em que liam os rótulos e ingesta inadvertida de leite na dieta; em seguida foram apresentadas fotos de dezesseis alimentos do mercado, questionando se o alimento é permitido ou não na dieta da criança com restrição à proteínas do leite de vaca. No segundo, foi aplicado o Food Allergy Quality of Life Questionnaire- Parent Form (FAQL-PF) e avaliado a qualidade de vida da criança. Foi realizado revisão de prontuários para coleta de outras variáveis clínico-epidemiológicas.
Resultados: Obteve-se uma amostra no total de 25 pais entrevistados. Sobre a renda familiar, 80% ganhavam de meio a 2 salários mínimos mensais. 4% de 5 a 10 e 16% acima de 10 salários mínimos; no quesito escolaridade, 8% responderam ter fundamental incompleto, 40% fundamental completo, 16% ensino médio completo e nível superior completo representava 36% da amostra. A respeito dos sintomas que levaram ao diagnóstico, os gastrointestinais como vômitos (52%), distensão abdominal (44%), diarreia (40%) e enterorragia (24%) ocorreram com maior frequência; urticária e angioedema representaram 20% e 12% respectivamente. A anafilaxia foi apresentada por 16% dos pacientes. Em relação ao questionário alimentar, a média dos acertos foi de 13,16. O grau de escolaridade ou a renda familiar não influenciaram no maior ou menor número de acertos dos alimentos. Em relação a qualidade de vida os escores variaram de 0,57 a 6,00. A média foi de 2,85 +- 1,41 e quando correlacionados os dados de acertos dos alimentos com a qualidade de vida, não houve significância estatística (p=0.064). A presença de anafilaxia teve impacto negativo na qualidade de vida dos pacientes com ALV (p=0,009), enquanto a presença de urticária (p = 0,101) ou enterorragia (p = 0,321) não demonstrou impacto.
Conclusão: Constatou-se que os pais que acompanham no HCB tem um conhecimento satisfatório sobre a dieta das crianças; e renda e escolaridade não afetaram essa percepção; porém chama a atenção a tendência para dietas mais restritivas, necessitando o reforço nas orientações tanto nas consultas com a equipe multiprofissional quanto com a equipe médica a fim de não só evitar as exposições aos alérgenos, mas também evitar restrições dietéticas desnecessárias, principalmente naquelas crianças com anafilaxia onde verificou-se uma pior qualidade de vida.