Mês: abril 2019

Neurossonografia Neonatal: Ultrassonografia cerebral versos ressonância magnética

Neurossonografia Neonatal: Ultrassonografia cerebral versos ressonância magnética

Paulo R. Margotto. Capítulo do Livro de Neurossonografia Neonatal, 2ª Edição, 2019, no prelo.

Na fase aguda da SHI quando pode ser difícil obter mais imagem avançada, o US é útil na determinação da etiologia da encefalopatia, seja por síndrome hipóxico-isquêmica ou mimetizadores (hipoglicemia, infecção, acidente vascular cerebral, doenças metabólicas)   que justificariam terapias alternativas. Através de avaliações repetidas, pode identificar ainda padrão, tempo e gravidade da lesão.

Avanços em equipamentos e técnicas do US têm significativamente melhorado suas habilidades de detecção.

Quando anormalidades são detectadas pelo US de alta qualidade  nos casos de síndrome hipóxico-isquêmica, provaram ser úteis na previsão de resultados; portanto, as decisões médicas não devem não ser adiada devido a uma falta de imagens de ressonância magnética quando os achados do US são consistentes com o quadro clínico. Os achados das imagens devem sempre ser combinados com o exame, dados eletrofisiológico e outros achados  clínicos para orientar a determinação de prognóstico e manejo.

A RM é uma esta técnica cara e necessita do transporte ao aparelho   e não se encontra disponível na maioria dos Hospitais. Tendo em conta equipamento, formação e pessoal adequados, os exames de RM de cérebro em neonatos podem ser realizados rotineiramente e com segurança sem qualquer sedação, de acordo com as diretrizes delineadas.

Assim, na SHI o US craniano é uma valiosa ferramenta de triagem no diagnóstico e manejo de neonatos encefalopáticos

No entanto, na síndrome hipóxico-isquêmica, a ressonância magnética permanece o padrão ouro para avaliação desses neonatos na identificação de acidente vascular cerebral e outros imitadores, uma vez que os estudos com o US  pode, por vezes errar ou subestimar a patologia. No entanto, provedores deve compreender as capacidades e limitações em evolução do US de alta resolução  na encefalopatia neonatal tal que sua utilidade pode ser otimizado particularmente naqueles pacientes em quem a imagem adicional não é viável.

Então, seria útil que o RN de alto risco realizasse os US cerebral para a subseqüente ressonância magnética. A ultrassonografia cerebral é um exame de baixo custo, de fácil execução, podendo ser realizado logo após o nascimento, à beira do leito e repetido quantas vezes for necessário sem riscos ao paciente que se encontra na fase aguda da doença.

Discussão Clínica: Prevenção pós-natal da hemorragia peri/intraventricular do recém-nascido pré-termo; Hemorragia intraventricular nos neonatos de 23 a 26 semanas de gestação; Alteração da conectividade microestrutural dos pedúnculos cerebelares superior e médio relacionada à disfunção motora em crianças com leucomalácia periventricular por prematuridade: um estudo de tratografia por DTI; Nebulização de surfactante para reduzir a gravidade do desconforto respiratório; Lesão pulmonar aguda relacionada à transfusão após ligadura de PCA em recém-nascido pré-termo

Discussão Clínica: Prevenção pós-natal da hemorragia peri/intraventricular do recém-nascido pré-termo; Hemorragia intraventricular nos neonatos de 23 a 26 semanas de gestação; Alteração da conectividade microestrutural dos pedúnculos cerebelares superior e médio relacionada à disfunção motora em crianças com leucomalácia periventricular por prematuridade: um estudo de tratografia por DTI; Nebulização de surfactante para reduzir a gravidade do desconforto respiratório; Lesão pulmonar aguda relacionada à transfusão após ligadura de PCA em recém-nascido pré-termo

Paulo R. Margotto e Equipe Neonatal do HMIB/SES/DF

Monografia-Pediatria (HMIB-2019): Comparação Entre os Sedativos Mais Utilizados Para Realização de Tomografia Computadorizada em Pediatria no Setor de Radiologia em um Hospital Público de Brasília-DF

Monografia-Pediatria (HMIB-2019): Comparação Entre os Sedativos Mais Utilizados Para Realização de Tomografia Computadorizada em Pediatria no Setor de Radiologia em um Hospital Público de Brasília-DF

Camila Abreu de Souza

 

Nos Serviços de urgências e emergências pediátricas, a realização de procedimentos com fins terapêuticos e diagnósticos é comum, como por exemplo, tomografia computadorizada com contraste, punção lombar e sequência rápida de intubação. A maioria desses procedimentos é impossível de ser realizada sem imobilização do paciente, fazendo-se necessária a utilização de sedativos. Como existem divergências sobre quais seriam os melhores medicamentos para induzir sedação e analgesia, a escolha de um agente particular ou via de administração é influenciada por muitos fatores que incluem, por exemplo, as características do paciente, o tipo de procedimento a ser realizado e a sua duração. Este trabalho enfoca as principais medicações usadas para sedação para realização de tomografia computadorizada no setor de radiologia do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), de acordo com as particularidades de cada paciente. Foi utilizado pesquisa do número da SES dos pacientes que realizaram tomografia computadorizada com contraste de janeiro a julho de 2018, com pesquisa da descrição em prontuário do procedimento, sedativos utilizados e intercorrências.

Neurossonografia Neonatal: Aspectos ultrassonográficos dos distúrbios do metabolismo

Neurossonografia Neonatal: Aspectos ultrassonográficos dos distúrbios do metabolismo

Paulo R. Margotto.

Capítulo do Livro de Neurossonografia Neonatal, 2ª Edição, 2019, no Prelo.

Os erros inatos do metabolismo são raros e de difícil diagnóstico. Muitas destes distúrbios metabólicos se apresentam no período neonatal com encefalopatia e sintomas inespecíficos como letargia, moleza, vômito, dificuldade de alimentação, apneia, convulsões, distúrbios metabólicos ou com características dismórficas. O diagnóstico precoce é importante na prevenção da morte ou sequelas a longo prazo.

A neuroimagem faz parte da investigação dos RN com erros inatos do metabolismo. A ressonância magnética é uma ótima técnica, mas nem sempre é possível, devido o recém-nascido (RN) apresentar-se instável para ser transportado e sedado.  O US pode ser feito ao lado do leito, é seguro e pode ser repetido. Nas mãos de profissionais experientes e usando modernos aparelhos, é muito bom na detecção de anormalidades estruturais, lesões destrutivas e frequentemente, anormalidades estruturais sutis.

Leijser et al estudaram 55 RN com distúrbios metabólicos. Entre estes os autores apresentaram a neuroimagem dos RN que foram submetidos à pelo menos a um US craniano. Em 35 RN foram realizada ressonância magnética e quando possível, foi realizada a comparação com a ressonância magnética dos seguintes distúrbios metabólicos:

distúrbio da fosforilação oxidativa, distúrbios na biogênese peroximal, distúrbios no metabolismo do aminoácido (hiperglicenemia não acetótica), deficiência de ortinina transcarbamilase, deficiência do ácido argininosuccinico liase, acidemia metilmalônica, distúrbio congênito da glicosilação.

Também neste capítulo, vamos apresentar os aspectos de neuroimagem do kernicterus.