Sepse Neonatal:II Congresso Paraibano de Saúde Materno-Infantil(Campina Grande 30 de maio a 2 de junho de 2012)
Paulo R. Margotto
Paulo R. Margotto
Capítulo do Livro Assistência ao Recém-Nascido de Risco, Hospital de Ensino Materno Infantil de Brasília, 4a Edição, 2021, Em Preparação.
Paulo R. Margotto, Sandra Lins, Marta David Rocha de Moura, Márcia Pimentel, Patrícia Berebe, Martha G. Vieira, Zilma Eliane Ferreira Alves, Lucila Nagata.
A sobrevivência de recém-nascidos prematuros melhorou ao longo das últimas cinco décadas. A idade gestacional em que pelo menos metade das crianças sobrevive diminuiu de 30 a 31 semanas nos anos 60 para 23 a 24 semanas, durante esta década. O aumento da sobrevida destes RN cada vez menores e vulneráveis representa uma enorme melhoria ocorrida no pré-natal e no período perinatal. A estreita colaboração entre a Perinatologia e a Neonatologia e os avanças na compreensão da fisiopatologia fetal e neonatal com ênfase no período transicional teve importante papel.
Um dos desafios fundamentais na Medicina Perinatal a partir de sua criação é definir o nível de maturidade, abaixo do qual a sobrevivência e/ou aceitável neurodesenvolvimento são extremamente improvável.
Do ponto de vista ético, cada Serviço deve ter o seu limite de viabilidade (cada Serviço tem que conhecer a sua capacidade de manter um RN naquelas condições com qualidade de vida). Eticamente é muito mais importante dar uma vida digna do que simplesmente salvar a vida. Portanto, é importante que se estabeleça limite para cada Serviço.
O estudo realizado na Unidade de Neonatologia do HRAS/HMIB/SES/DF por de Castro MP, Rugolo LM, Margotto PR (2012), ao avaliar a proporção de sobrevivência por cada semana de idade gestacional, observou-se que o limite de viabilidade foi de 26 semanas; no entanto, quase metade (45,4%) dos RN com 25 semanas sobreviveram até 28 dias, aumentando para 91% nos recém-nascidos de 31 semanas
Segundo Marba STM, Souza JL, Calda JPS (2014), a Rede Brasileira de Pesquisas Neonatais entre 2008-2012, envolvendo 6628 crianças, 16 unidades universitárias brasileiras de nível terciário mostrou que a sobrevivência nos RN com idade gestacional <24 semanas foi em média de 5,9%.
Comparison of Calorie and Protein Intake of Very Low Birth Weight Infants Receiving Mother’s Own Milk or Donor Milk When the Nutrient Composition of Human Milk Is Measured With a Breast Milk Analyzer.Newkirk M, Shakeel F, Parimi P, Rothpletz-Puglia P, Patusco R, Marcus AF, Brody R.Nutr Clin Pract. 2018 Mar 30. doi: 10.1002/ncp.10060. [Epub ahead of print]PMID: 29603403.Similar articles.
Apresentação:Lara Ramos Pereira – R4 Neonatologia / HMIB/SES/DF
Coordenação: Carlos Alberto Zaconeta
Alfredo Guarischi, médico.
https://oglobo.globo.com/sociedade/artigo-virginia-apgar-uma-mulher-fantastica-22641462
Publicado no O Globo – Sociedade – 1/05/2018.
Apgar quando se formou em medicina, na renomada faculdade de Columbia, Nova York, em quarto lugar numa turma de 81 homens e 9 mulheres, com apenas 24 anos de idade, já tinha o diploma de Zoologia. Enfrentou dificuldades financeiras, chegando a ser catadora de gatos.
Paulo R Margotto.
Capítulo do Livro Assistência ao Recém-Nascido de Risco, Hospital de Ensino Materno Infantil de Brasilia, 4a Edição, 2018, em Preparação.
Estudo recente de Sarkar et al avaliando o desfecho das lesões císticas periventriculares que “desapareceram” e as que persistiram ou que apareceram mais tarde, em RN de 22 semanas e 26 semanas e 6 dias, relataram que o desfecho composto primário de morte tardia ou comprometimento do neurodesenvolvimento foi mais comum em crianças com leucomalácia periventricular (LPV) ” desaparecida” em comparação com lactentes sem LPV (OR 2,89, IC 95% 1,82-4,61). Entre todos os lactentes com LPV, a incidência do desfecho primário composto não diferiu entre os lactentes com LPV “desaparecida” e persistente (P = 0.74), ou entre os lactentes com LPV desaparecida e os lactentes que apresentavam LPV detectada apenas na 36ª semana na imagem craniana.
Paulo R. Margotto
Capítulo do Livro Editado por Paul R. Margotto, Assistência ao Recém-Nascido de Risco, Hospital de Ensino Materno Infantil de Brasília/SES/DF, 4a Edição, 2018, em Preparação
Stuart Hoope (Austrália).
7o Simpósio Internacional de Reanimação Neonatal, 5-7 de abril de 2018, Foz do Iguaçu, PR.Realizado por Paulo R. Margotto, Professor de Neonatologia da 6a Série da Faculdade de Medicina da Universidade Católica de Brasília. Unidade de Neonatologia do Hospital Materno Infantil de Brasília, SES/DF.pmargotto@gmail.com
O objetivo desta Palestra foi procurar entender como passar de um pulmão cheio de líquido para um pulmão cheio de ar, chamado por Clement Smith, em 1951 de The valley of the shadow of birth-A sombra do vale do nascimento) e como mantê-lo. Na transição respiratória, o mais importante é a aeração dos pulmões (ou seja VENTILAÇAO e não o oxigênio!) e posteriormente, a transição cardiovascular que resulta do aumento do fluxo sanguíneo pulmonar. Entre três mecanismos de como ocorre o clearance do líquido pulmonar, o mais recente e importante: pressões hidrostáticas transpulmonares geradas durante a inspiração. O bebê inspira e gera um grande gradiente respiratório que acaba eliminando líquido das vias aéreas (32.000 mL/hora!, gerando um a capacidade funcional residual-[CFR] de 50mL/kg em 30 segundos; com o mecanismo sabidamente conhecido por nós [reabsorção de sódio induzida pela adrenalina] o pulmão elimina 10mL/kg/hora e dura 4 horas!). O movimento do liquido tem que ser eficaz para que os RN possam aerar os pulmões e começarem as trocas gasosas. Quando o pulmão está cheio de líquido esta troca gasosa não ocorre. Quando o liquido que sai dos pulmões e vai para os tecidos gera uma pressão intersticial que vai de 0-6 cmH2O nas primeiras 4 horas (depois fica subatmosférica:-4 cm H2O e permanece por toda a vida). A parede torácica se expande para acomodar tanto a nova CFR e o líquido que sai das vias aéreas e vai para o interstício. As conseqüências, entretanto, com a geração de uma pressão intersticial aumentada é que o liquido vai querer voltar para as vias aéreas. Para evitar esse fato, ao oferece PEEP, gradualmente o pulmão se enche de ar e o gás permanece no final da expiração. Assim, se você não usar PEEP, o líquido está repreenchendo as vias aéreas no final de cada respiração. É por esta razão que você deve manter o gás no pulmão no final da expiração. Na transição cardiovascular: o coração tem que esperar até que o pulmão seja aerado para que haja redistribuição do sangue que vem do lado direito do coração através dos pulmões para restaurar o débito cardíaco. Então veja que o aumento do fluxo sanguíneo pulmonar é vital não somente para a realização da troca gasosa, mas também é vital para fornecer o retorno venoso para o lado esquerdo do coração. Portanto, é importante que você conecte o aumento do fluxo sanguíneo pulmonar a areação pulmonar. A coisa mais importante é aerar os pulmões que vai gerar toda esta cascata fisiológica da adaptação cardiorrespiratória ao nascer! Quanto ao uso da insuflação sustentada versos PEEP/CPAP nesta fisiologia da transição ao nascer está em estudo com resultado de importante multicêntrico randomizado para 2020.Segundo Kirpalani H (nos links) o bebe ao respirar ao nascer gera uma altíssimo pressão para abrir esta coluna de líquido (90 cm H2O). Pelo fato do líquido ter uma viscosidade 100 vezes maior do que a do ar, a resistência para deslocar o liquido é 100 vezes maior do que a resistência do ar (eis porque as carpas ao voltar pulam por cima das cachoeiras, porque a passagem cheia de fluido é muito mais resistente do que a passagem pelo ar). Este é o problema que os nossos bebês enfrentam Este é o argumento da insuflação sustentada. Se está certo ou não, estamos estudando.
Pontos interessantes frisados: bebê de mãe com corioamnionite pode apresentar inibição dos movimentos respiratórios pela maior produção de prostaglandina, devendo estes bebês sempre ser reanimados com pressão positiva; parto humanizado na água:devido ao reflexo do mergulho, ou seja, a estimulação da face pode inibir a respiração (há muitos receptores na face que inibem a respiração); assim eles apresentam bradicardia (vagal) mais grave em relação se tivessem nascido no ar, devido à detecção da hipoxia pelos receptores; portanto, nascer na água com certeza vai postergar o início da respiração
Fernanda Reginatto Bau – R4 Neonatologia/HMIB. Coordenação: Dra Joseleide de Castro. Patologista: Dra Aline Marues dos Santos. Trata-se de um RN de 34 semanas, 1450g, PIG simétrico, que nasceu com quadro típico de sepse (petéquias, sangramento, hepatomegalia, colestase, hemorragia pulmonar, altamente sugestivo de infecção congênita)
Rodrigo Coelho Moreira.R4 Terapia Intensiva Pediátrica.Unidade de Neonatologia do HRAS/HMIB
Low-Dose Heparine use and the Patency of Peripheral IV Catheters in Children: A Systematic Review.Manoj Kumar, Ben Vandermeer, Dirk Bassler and Nadia Mansoor.Pediatrics 2013;131;e864 (originally published online February 25, 2013).Apresentação:Ana Carla Borges de Oliveira – R1.Coordenação: Dr Paulo Roberto Margotto