Categoria: Dor Neonatal

Como Fazer a Retirada de Opioide (Fentanil)/Benzodiazepínico (Midazolam) no Recém-Nascido na UTI – Intoxicação pela Metadona

Como Fazer a Retirada de Opioide (Fentanil)/Benzodiazepínico (Midazolam) no Recém-Nascido na UTI – Intoxicação pela Metadona

Paulo R. Margotto, Joseleide de Castro e Priscila Guimarães

A literatura apresenta várias abordagens para prevenir sintomas de abstinência de opiáceos e a aplicação de um protocolo de desmame diminuiu a incidência de síndrome de abstinência, com ênfase naqueles que usam por tempo mais prolongado (<7dias) tanto de opioides (fentanil), como benzodiazepínicos (midazolam). Apesar da falta de consenso, principalmente quanto ao uso da metadona, é importante que a Unidade tenha um protocolo para que se permita uma avaliação e possíveis ajustes

 

Filho de mãe usuária de drogas/ Síndrome de Abstinência Neonatal/Intoxicação por Metadona

Filho de mãe usuária de drogas/ Síndrome de Abstinência Neonatal/Intoxicação por Metadona

Apresentação: Camila Pedatella Jaime (R2 em Pediatria-HMIB/SES/DF). Coordenação:  Maria Luíza

Intoxicação por Metadona

     Em situação de superdosagem de Metadona, em paciente recebendo metadona e  estando atento à Síndrome de rigidez torácica que pode ocorrer com a metadona, temos a seguinte conduta: suporte ventilatório; naloxone:0,1 mg/kg (0,25-0,5ml/kg da concentração de  0,4mg/ml), repetindo de acôrdo com a resposta a cada 3-5 minutos, devendo ser mantida alguma terapia com o opióide para evitar síndrome de abstinência.

Fenobarbital, inicialmente se convulsão e posteriormente, se muito necessário for, para acelerar a depuração do opióide.

Consultado o Dr. Charles Berne (Professor of Anaesthesia Pediatrics, Harvard Medical School) que nos informou: a metadona tem um metabolismo mais lento em recém-nascidos em comparação com bebês e crianças mais velhas, então você esperaria um período muito longo de narcotização parcial. Mesmo quando os bebês parecem relativamente acordados e respirando mais que o  ventilador, eles terão concentrações residuais de metadona por um longo tempo, portanto, eles exigem uma observação prolongada mesmo após a extubação e correm risco adicional de hipoventilação e apneia durante vários dias após a extubação.Eu não tenho uma opinião forte sobre fenobarbital neste cenário. Pode acelerar a depuração da metadona ao longo do tempo por indução da enzima hepática, mas pode ter uma interação direta mais imediata com a metadona para intensificar a depressão respiratória.

A fala materna diminui os escores de dor e aumenta os níveis de oxitocina em bebês prematuros durante procedimentos dolorosos

A fala materna diminui os escores de dor e aumenta os níveis de oxitocina em bebês prematuros durante procedimentos dolorosos

Maternal speech decreases pain scores and increases oxytocin levels in preterm infants during painful procedures. Filippa M, Monaci MG, Spagnuolo C, Serravalle P, Daniele R, Grandjean D.Sci Rep. 2021 Aug 27;11(1):17301. doi: 10.1038/s41598-021-96840-4. PMID: 34453088 Free PMC article. Artigo Livre!

 Realizado por Paulo R. Margotto

 

O direito universal ao alívio da dor, especialmente em populações de pacientes vulneráveis, é inegável . 

A perspectiva não nociva na medicina protetora deve estar no centro de pesquisas futuras, e a busca por um manejo alternativo, seguro e eficaz da dor deve ser uma preocupação primária dos pesquisadores e da ciência.

Acreditamos que esse estudo seja um ponto de partida para novas investigações sobre o papel das vocalizações maternas como fator de proteção do prematuro contra os efeitos da dor e da separação durante a internação na UTIN. 

O papel específico da OXT endógena é um

 

Exposição pré e pós-natal ao paracetamol em relação ao espectro do autismo e sintomas de déficit de atenção e hiperatividade na infância: metanálise em seis coortes populacionais europeias

Exposição pré e pós-natal ao paracetamol em relação ao espectro do autismo e sintomas de déficit de atenção e hiperatividade na infância: metanálise em seis coortes populacionais europeias

Prenatal and postnatal exposure to acetaminophen in relation to autism spectrum and attention-deficit and hyperactivity symptoms in childhood: Meta-analysis in six European population-based cohorts.Alemany S, Avella-García C, Liew Z, García-Esteban R, Inoue K, Cadman T, López-Vicente M, González L, Riaño Galán I, Andiarena A, Casas M, Margetaki K, Strandberg-Larsen K, Lawlor DA, El Marroun H, Tiemeier H, Iñiguez C, Tardón A, Santa-Marina L, Júlvez J, Porta D, Chatzi L, Sunyer J.Eur J Epidemiol. 2021 May 28. doi: 10.1007/s10654-021-00754-4. Online ahead of print.PMID: 34046850. Artigo Gratuito!

Realizado por Paulo R. Margotto

 

Os resultados da nossa metanálise representando mais de 70.000 crianças de seis coortes de nascimentos / crianças de base populacional europeia indicaram que as crianças expostas ao paracetamol no período pré-natal tinham 19% e 21% de probabilidade de apresentarem, subsequentemente, ASC e sintomas de TDAH dentro da faixa limítrofe / clínica, respectivamente, em comparação com crianças não expostas.

Ao estratificar por sexo, essas associações foram ligeiramente mais fortes entre os meninos em comparação com as meninas.

A exposição pós-natal ao paracetamol não foi associada a nenhum dos resultados, embora houvesse evidência de heterogeneidade entre os estudos para a associação com sintomas de ASC.

O padrão mais consistente de resultados foi observado para a associação entre exposição pré-natal ao paracetamol e sintomas de TDAH.

DIRETO AO PONTO: Respostas a questionamentos-Uso de morfina nos prematuros

DIRETO AO PONTO: Respostas a questionamentos-Uso de morfina nos prematuros

Paulo R. Margotto.

Na Unidade de Neonatologia do HMIB/SES/DF, não usamos morfina em recém-nascidos muito prematuros pelas razões expostas, exceto em recém-nascidos de pós-operatório >35 semanas, pela sua ação analgésica e sedativa. Mesmo em baixas doses, a morfina não é inofensiva. Ao usar o opioide, certifica que o bebê esteja com dor (escalas específicas) e estável do ponto de vista hemodinâmico. (9)

Sedação com dexmedetomidina em crianças criticamente doentes ventiladas mecanicamente: um ensaio piloto randomizado controlado

Sedação com dexmedetomidina em crianças criticamente doentes ventiladas mecanicamente: um ensaio piloto randomizado controlado

Dexmedetomidine Sedation in Mechanically Ventilated Critically Ill Children: A Pilot Randomized Controlled Trial.Erickson SJ, Millar J, Anderson BJ, Festa MS, Straney L, Shehabi Y, Long DA; Baby SPICE Investigators and the Australian and New Zealand Intensive Care Society Paediatric Study Group (ANZICS-PSG).Pediatr Crit Care Med. 2020 Sep;21(9):e731-e739. doi: 10.1097/PCC.0000000000002483. PMID: 32740192 Clinical Trial.

Apresentação: Helena de Oliveira Melo. Coordenação: Alexandre Peixoto Serafim. Revisão e Complementação: Paulo R. Margotto. Residência de Medicina Intensiva Pediátrica/ HMIB.

Este estudo piloto mostrou que a randomização de crianças ventiladas em Terapia Intensiva para braços de sedação alternativos é viável e que um algoritmo de tratamento com dexmedetomidina como agente sedativo primário pode ser superior para alcançar níveis de sedação seguros mais rápidos.

Avaliação e tratamento da dor no período neonatal

Avaliação e tratamento da dor no período neonatal

Avaliação e tratamento da dor no … – Residência Pediátrica. Balda RCX, Guinsburg R. Avaliação e tratamento da dor no período neonatal. Resid Pediatr. 2019;9(1):43-52 DOI: 10.25060/residpediatr-2019.v9n1-13.

Apresentação: Larissa A. Dutra da  Silveira (R3 em Neonatologia do HMIB/SES/DF). Coordenação: Miza Vidigal

 

 

 

 

Uso da ketamina para intubação traqueal em crianças criticamente doentes é associado com menor ocorrência de efeitos adversos hemodinâmicos

Uso da ketamina para intubação traqueal em crianças criticamente doentes é associado com menor ocorrência de efeitos adversos hemodinâmicos

  • Apresentação:Helena de Oliveira Melo (R3 UTI Pediátrica do HMIB). Coordenação: Alexandre Peixoto Serafim
  • . O uso de ketamina na indução de intubação orotraqueal em pacientes críticos está associada a menos eventos adversos hemodinâmicos em comparação com outros agentes de indução, tanto em crianças com ou sem hemodinâmica instável/ choque pré-existente. Nos complementos: E na Neonatologia: a neurotoxicidade é um sério efeito potencial da ketamina em populações vulneráveis, particularmente os pré-termos e as gestantes, agora, pela primeira vez evidenciada em células neuronais humanas! O uso rotineiro de ketamina para a analgesia nesta população de risco, principalmente para imediata analgesia devido à intubação eletiva de pré-termos na Sala de Parto, não está recomendado até que novos estudos demonstrando segurança da ketamina sejam conduzidos. O bloqueio dos receptores NMDA (é como age a ketamina) por somente poucas horas durante o período fetal tardio ou neonatal precoce pode iniciar uma ampla neurodegeneração apoptótica no cérebro
Cuidados de Enfermagem ao Recém-Nascido na Síndrome da Abstinência Neonatal

Cuidados de Enfermagem ao Recém-Nascido na Síndrome da Abstinência Neonatal

Bruna Maria de Paula Lima, Camila Silva Ferreira, Emanuella Luíza dos Santos Moreira, Luíza Aparecida Silva, Vitor Diniz Custódio.

Trabalho de Conclusão de Curso Apresentado ao Curso Técnico em Enfermagem da Etec. Dr. Júlio Cardoso, orientado pela professora Nilma Aparecida da Silva, como requisito parcial para obtenção do título Técnico em Enfermagem. Franca, SP.

“A Enfermagem é uma arte; e para realizá-la como arte, requer uma devoção tão exclusiva, um preparo tão rigoroso, quanto a obra de qualquer pintor ou escultor; pois o que é tratar da tela morta ou do frio mármore comparado ao tratar do corpo vivo, o templo do espírito de Deus? É uma das artes; poder-se-ia dizer, a mais bela das artes!”
FLORENCE NIGHTINGALE

Resumo

Abordamos neste trabalho diversos artigos relacionados a Síndrome da Abstinência Neonatal (SAN), de vários autores diferentes como em especial os do Dr. Paulo R. Margotto, que nos ampliou a visão de como este problema é comum e tão pouco pautado. Entende-se por abstinência o conjunto de sinais e sintomas que surgem após a interrupção abrupta do uso de determinadas substancias que o nosso organismo está recebendo regularmente. Esta síndrome é infelizmente presente em muitas famílias e muitas vezes não é diagnosticada, dificultando assim seu cuidado especifico e a solução para o problema. Deve ser ressaltado também os fatores perinatais como por exemplo a falta do pré-natal dessa gestante usuária de droga, e muitas vezes o descaso dela em relação à gestação, que pode vir a gerar futuros problemas que poderiam ser evitados caso houvesse um acompanhamento mais próximo. Pretendemos trazer à tona todos os sintomas que a SAN apresenta, e ressaltar algumas
características mais importantes como a irritabilidade, o choro excessivo, dificuldade de mamar, e as más formações congênitas que algumas drogas causam. Ressaltar a síndrome alcoólica fetal causada pelo uso do álcool que pode trazer consigo também alterações físicas, e
a síndrome de prune belly causada pelo uso da cocaína. Além disso exemplificaremos os cuidados de enfermagem cabíveis ao tratamento, sendo este
farmacológico ou não, e a conduta a ser seguida com o RN e com a família.