Categoria: Infecções Bacterianas e Fúngicas

PROTOCOLO DE VACINAÇÃO DE PREMATUROS NA UTIN E UCIN DO HOSPITAL MATERNO INFANTIL DE BRASÍLIA

PROTOCOLO DE VACINAÇÃO DE PREMATUROS NA UTIN E UCIN DO HOSPITAL MATERNO INFANTIL DE BRASÍLIA

Carlos Moreno Zaconeta, Ludmylla Beleza, Priscila Rabelo Guimarães, Aldo Roberto Ferrini Filho, Gabriela Oliveira Alves, Vitória Mendes de Lima Unidade de Neonatologia do Hospital Materno Infantil de Brasília Dr. Antônio Lisboa.

Os recém nascidos prematuros são imunodeficientes por definição. A imunidade inata é repleta de deficiências. A pele é fina e imatura, incapaz de produzir ácidos graxos. As secreções são pobres em IgA e lisozima. O mecanismo mucociliar é ineficiente e a tosse é fraca. Não é infrequente que utilizem inibidores da bomba de prótons. Os níveis de complemento permanecem baixos até o último trimestre, pois não existe passagem transplacentária, a reserva de neutrófilos equivale a 20% da do RN a termo e são menos deformáveis e os macrófagos são ineficientes na apresentação de antígenos. A imunidade adaptativa também é deficitária pois recebe poucos estímulos da imunidade inata, os linfócitos T tem resposta mais lenta, a produção de IgM e IgG é deficitária, mas em compensação, a imunidade adaptativa responde muito bem ao estímulo com vacinas, mesmo considerando a idade cronológica.

Considerando então a imunodeficiência, que é a  imunidade adaptativa que melhor funciona no prematuro e que esta responde bem ao estímulo com vacinas, era de se esperar que os prematuros fossem considerados população prioritária para receber imunizantes. No entanto, na realidade as taxas de atraso vacinal nos prematuros  são surpreendentemente baixas no mundo inteiro,  variando de 30-70%, com tempo de atraso de 6 a 40 semanas para as diferentes vacinas . Em 2021 foi realizada uma pesquisa na Unidade de Neonatologia do HMIB que mostrou que de 22 prematuros com mais de 60 dias de vida internados na UTI neonatal, apenas um tinha o calendário vacinal completo (4,5%). Em fevereiro de 2022 foi criado um grupo de estudos composto por médicos, enfermeiras e farmacêuticas (incluindo residentes das três áreas) com a finalidade de criar  um protocolo de vacinação na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e Unidade de Cuidado Intensivo (UCIN) e que resultou no protocolo aqui apresentado.

Antibioticoterapia empírica de curta duração para possível sepse precoce na UTIN

Antibioticoterapia empírica de curta duração para possível sepse precoce na UTIN

Shortcourse empiric antibiotic therapy for possible early-onset sepsis in the NICU. Sánchez PJ, Prusakov P, de Alba Romero C, Zamora-Flores E, Reyes Escamilla MC, White NO, Miller RR, Moraille R, Theile AR, Magers JK; Nationwide Children’s Hospital Neonatal Antimicrobial Stewardship Program (NEO-ASP).J Perinatol. 2023 Feb 22. doi: 10.1038/s41372-023-01634-3. Online ahead of print.PMID: 36813903.

Realizado por Paulo R. Margotto.

É importante ressaltar que cada dia adicional de antibioticoterapia aumenta o risco de resultados adversos em bebês com ≤32 semanas de gestação ou peso ao nascer ≤1500 após o controle da gravidade inicial da doença. Esses autores demonstraram a segurança de fornecer antibioticoterapia empírica por 24 horas em comparação com 48 horas em recém-nascidos de alto risco na UTIN. Em comparação com bebês que receberam um curso de antibióticos para sepse por 48 horas, os recém-nascidos que receberam um curso de antibióticos de 24 horas não tiveram maior probabilidade de ter antibioticoterapia reiniciada dentro de 7 dias após a descontinuação, nem tiveram culturas bacterianas positivas de sangue ou cefalorraquidiano fluido durante esse tempo. Pelo contrário, os antibióticos foram mais frequentemente reiniciados dentro de 7 dias após a interrupção no grupo de 48 horas!

 

 

UTI PEDIÁTRICA: Condições médicas novas e progressivas após hospitalização por sepse pediátrica que requerem cuidados intensivos

UTI PEDIÁTRICA: Condições médicas novas e progressivas após hospitalização por sepse pediátrica que requerem cuidados intensivos

New and Progressive Medical Conditions After Pediatric Sepsis Hospitalization Requiring Critical Care.Carlton EF, Gebremariam A, Maddux AB, McNamara N, Barbaro RP, Cornell TT, Iwashyna TJ, Prosser LA, Zimmerman J, Weiss S, Prescott HC.JAMA Pediatr. 2022 Nov 1;176(11):e223554. doi: 10.1001/jamapediatrics.2022.3554. Epub 2022 Nov 7.PMID: 36215045.

Apresentaçao: Júlia de Andrade (MR4UTIP-HMIB/SES/DF). Coordenação: Alexandre Serafim.

Esse estudo coorte nos EUA com 5150 crianças graves que sobreviveram a sepse mostrou:

  • 1 em cada 5 crianças tiveram alguma nova doença ou complicação em 6 meses após a internação por sepse;
  • crianças menores e com comorbidades previas foram as mais afetadas após a internação por sepse;
  • os sobreviventes a sepse podem se beneficiar de um acompanhamento mais específico para identificar novas complicações na saúde ou agravamentos.                                                                                    Significado
  • O desenvolvimento e/ou progressão de uma condição de comorbidade  ocorreu em 19% das crianças que sobreviveram à hospitalização para sepse, sugerindo que eles podem se beneficiar de acompanhamento para identificar e tratar problemas médicos novos ou condições agravantes.
ARTIGO 5700! SEPSE NEONATAL PRECOCE: O QUE HÁ DE NOVO O que podemos fazer para diminuir o uso de antimicrobiano na nossa UIT Neonatal (1o Congresso Internacional de Neonatologia do Distrito Federal, 30/11 a 1/12/2022)

ARTIGO 5700! SEPSE NEONATAL PRECOCE: O QUE HÁ DE NOVO O que podemos fazer para diminuir o uso de antimicrobiano na nossa UIT Neonatal (1o Congresso Internacional de Neonatologia do Distrito Federal, 30/11 a 1/12/2022)

Pablo J  Sánchez (EUA).

Realmente é preocupante o percentual do uso de antimicrobiano nas nossas UTI neonatais. Basta nascer prematuro para ir para a antibioticoterapia, por 3 às vezes 5 dias!!! Quanto ao tempo, temos a sepse neonatal precoce ocorrendo nas primeiras 72 horas e após, a sepse tardia. Na definição  de sepse pelo Streptococcus, a sepse precoce  é definida quando ocorre  abaixo de 7 dias de vida, embora em 95% dos caso ocorre nas primeiras 24 horas de vida. A incidência de sepse precoce (cultura  positiva) é de 1,1/1000 nascidos vivos (Streptococcus, 0,33 e E.coli, 0,40). Observem que  a maioria dos bebês nasce com culturas estéreis! A E.coli é  o patógeno predominante  nos bebês entre  401-1500g e 1501-2500 g  e o Streptococcus é mais predominante nos bebês de 401-1500g. Quanto à idade gestacional, a E.coli  é o patógeno  mais predominante entre 22-28 semanas e 29-33 semanas. Um regime de antibióticos deve não só tratar os patógenos normais de septicemias neonatais, mas também deve fornecer proteção contra os patógenos nosocomiais que ameaçam o recém-nascido bebês durante sua permanência na UTIN e desses,  penicilina + tobramicina foi o esquema que melhor protegeu contra a sepse nosocomial, versos amoxacilina + cefotaxima, como regimes empíricos. Um programa de manejo de antimicrobiano específicos para UTIN foi associado  a taxas mais baixas de utilização de antibióticos, sugerindo a necessidade de sua implementação em todo o mundo. Antibióticos de amplo espectro somente após os resultados das culturas. Devemos nos policiar para o uso prolongado de antibioticoterapia , pelos riscos: enterocolite necrosante (em), morte, sepse de início tardio, sepse de início tardio, ECN ou morte, displasia broncopulmonar; retinopatia da prematuridade; comprometimento do neurodesenvolvimento, candidíase invasiva e surgimento de organismos multirresistente, além de problemas adiantes, como colonização com organismos resistentes a múltiplas drogas, atraso no início da amamentação, sibilância recorrente aos 12 meses de idade, distúrbios gastrointestinais (doença inflamatória intestinal),  autismo, ansiedade, depressão, obesidade, perda auditiva, disfunção renal. Há um nítido  aumento dos riscos com a duração da antibioticoterapia.  Como  a maior parte das hemocultura é positiva entre 10-12 horas. Sánchez et al  fizeram  um estudo para verificar viabilidade de tratar esses bebes por 24 horas (Ampicilina 100 mg/kg a cada 12 horas x 2 doses e  Gentamicina 5 mg/kg x 1 dose (28-31 semanas de gestação, 4 mg/kg x 1 dose). Comparando com as regras de 24 horas (196 crianças) x 48 horas (218 crianças), observaram menor tempo de hospitalização na regra de 24 horas, menos b eles necessitaram de recomeçar antibióticos dentro de 7 dias e sem mudanças na mortalidade por sepse. Em seu Serviço, foi criado um pacote com TIME OUT (“TEMPO ESGOTADO):Pneumonia: 5 dias, ITU: 5 dias, “Sepse com cultura negativa”: 5 dias, Tratamento de bacteremia (sem meningite): 7 dias; sepse de início tardio: 36 horas, enterocolite necrosante: 7 dias, Redução de vancomicina, nafcilina, oxacilina. Pesquise e faça a diferença com os nossos bebês. Nos complementos trouxemos informações de 2022 sobre os efeitos adversos do uso de antibióticos na primeira semana de vida nesses bebes, MUITAS vezes, desnecessário, um tema exaustivamente discutido no grupo científico. NEM TUDO É SEPSE, como disse o Dr. Sérgio Marba (Campinas, SP).

Doença neonatal: uma visão geral após 2 anos de pandemia de COVID-19 (Neonatal Disease: An Overview After Two Years of COVID-19 Pandemic)-1o Congresso Internacional de Neonatologia do Distrito Federal, 30/11 a 1 de dezembro de 2022

Doença neonatal: uma visão geral após 2 anos de pandemia de COVID-19 (Neonatal Disease: An Overview After Two Years of COVID-19 Pandemic)-1o Congresso Internacional de Neonatologia do Distrito Federal, 30/11 a 1 de dezembro de 2022

Pablo J. Sanches (EUA).

Embora a transmissão vertical seja rara, Pablo Sánchez acredita que seja uma possibilidade, podendo também ocorrer pós-natal (a maioria  teve bom prognóstico e a morte associou-se a outras comorbidades). Preocupa à Equipe de Sánchez a positividade  posterior de  bebês assintomáticos que se associaram com displasia broncopulmonar. Outro ponto de preocupação é a reação inflamatória que uma  a criança com COVID-19 apresenta, geralmente entre  2-3 semanas   depois da primeira infecção pela COVID-19, mesmo assintomática. O SARS-CoV-2 materno pode potencialmente causar uma síndrome hiperinflamatória nos recém-nascidos, semelhante às crianças,  devido à transferência transplacentária de anticorpos (esses duram até 18 meses nos bebês). A síndrome inflamatória multissistêmica em neonatos (MIS-N) relacionada à síndrome respiratória aguda grave coronavírus-2 (SARS-CoV-2) tem sido cada vez mais relatada em todo o mundo em meio à disseminação da pandemia de SARS-CoV-2, com comprometimento cardiovascular importante- disfunção do miocárdio, dilatação coronariana (77%) e respiratório(55%). É interessante frisar que a febre pode não estar presente  nos neonatos com     infecção ou condição inflamatória, diferente de crianças maiores  que apresentam febre nessas condições febre. Portanto, a maioria dos neonatos  que nascem de mães com COVID-19  estão bem, poucos desenvolvem febre, sepse e pequenos casos de pneumonias mais severas, incluindo também síndrome inflamatória sistêmica. Os bebês não são separados das mães com COVID-19, permitindo a amamentação com todos os cuidados  de higiene preconizados  e os estudos mais recentes respaldam essa conduta. A pasteurização mata o SARS-CoV-2 (não o congelamento). Eficácia da vacina à gestante  contra hospitalização foi de  52% (Intervalo de confiança-IC: 33-65). No geral, 80% (IC de 95%, 60 a 90) durante o período Delta e 38% (IC de 95% de 8 a 58) durante o período Omicron. A eficácia contra a hospitalização associada à COVID-19 para qualquer variante entre bebês foi de 69% (95% CI, 50 a 80) quando a vacinação materna ocorreu após 20 semanas de gravidez, em comparação com 38% (95% CI, 3 a 60) quando a vacinação materna ocorreu durante as primeiras 20 semanas de gravidez.

Efeito de antibióticos na primeira semana de vida no desenvolvimento da microbiota fecal

Efeito de antibióticos na primeira semana de vida no desenvolvimento da microbiota fecal

Effect of antibiotics in the first week of life on faecal microbiota development. Van Daele E, Kamphorst K, Vlieger AM, Hermes G, Milani C, Ventura M, Belzer C, Smidt H, van Elburg RM, Knol J.Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed. 2022 May 9;107(6):603-10. doi: 10.1136/archdischild-2021-322861. Online ahead of print.PMID: 35534183 Free PMC article. Artigo Livre!

Realizado por Paulo R. Margotto

Em todo o mundo, até 20% de todos os recém-nascidos são prescritos antibióticos por causa da (suspeita) sepse neonatal precoce, embora na maioria dos casos a sepse não seja confirmada e os antibióticos possam ser descontinuados após 48–72 horas. Esse estudo foi realizado em RN a termo e mostra que  exposição a antibióticos na primeira semana de vida afeta o desenvolvimento da microbiota ao longo do primeiro ano de vida, com desvios mais profundos em bebês nascidos a termo expostos por 7 dias em comparação com apenas 2 a 3 dias. A exposição a antibióticos na primeira semana de vida resultou em desvios no desenvolvimento da microbiota fecal de bebês nascidos de parto vaginal, mas não de bebês nascidos por cesariana em comparação com seus respectivos controles. Isso pode ser atribuído à diferença causada pelo próprio modo de parto, com crianças nascidas por cesariana desviando-se dos controles vaginais até 1 mês de idade, independentemente da exposição a antibióticos. No 1o Congresso Internacional de Neonatologia do DF, Pablo Sanches (EUA) mostrou que na sepse precoce suspeita o antibiótico pode ser suspenso  com segurança em 24 horas, diminuindo assim a exposição aos antibióticos em bebês de alto risco na UTI Neonatal (média de positividade das culturas na sepse precoce: 13 horas, variando entre 9-21:Streptococus do Grupo B, E. coli, Klebiella (Palestra em reprodução).

A associação entre sepse precoce e encefalopatia neonatal (The association between early-onset sepsis and neonatal encephalopathy)

A associação entre sepse precoce e encefalopatia neonatal (The association between early-onset sepsis and neonatal encephalopathy)

The association between earlyonset sepsis and neonatal encephalopathy.Kathleen P. Car1, Firdose Nakwa1, Fatima Solomon2,3, Sithembiso C. Velaphi1, Cally J. Tann4,5,6, Alane Izu2,3, Sanjay G. Lala1,7, Shabir A. Madhi2,3,8 and Ziyaad Dangor 1,2,3,.J Perinatol. 2022 Mar;42(3):354-358. doi: 10.1038/s41372-021-01290-5. Epub 2022 Jan 10.PMID: 35001084.

Realizado por Paulo R. Margotto

 

Recém-nascidos com encefalopatia neonatal (EN) grave e sepse confirmada por cultura tiveram uma chance de morte aproximadamente sete vezes maior. E quanto ao uso da hipotermia nesses bebes com EN e sepse? Nesse estudo não foi identificada  nenhuma associação entre hipotermia terapêutica e morte em neonatos com sepse confirmada ou provável. A hipotermia terapêutica, no entanto, foi associada à neuroproteção em 60% dos recém-nascidos com asfixia perinatal associada à sepse na Bélgica, o que também foi observado em modelos murinos após infecções intrauterinas por gram-positivas. Nos complementos, informação preocupante: A proporção de bebês a termo com EN e infecção por GBS coexistente é >10 vezes maior que a observada entre bebês a termo sem EN. Um estudo recente, modelando infecção gram-positiva antes da lesão hipóxico-isquêmica, demonstrou sensibilização do cérebro à lesão hipóxico-isquêmica, mas também de forma encorajadora, neuroproteção com hipotermia da doença GBS para todos os nascidos vivos a termo. De forma tranquilizadora, o tratamento com hipotermia terapêutica não foi associado a um aumento na sepse com cultura positiva em uma grande metanálise da eficácia da hipotermia terapêutica, além de NÃO AUMENTAR A MORTE em estudo de coorte retrospectivo de bebês tratados com hipotermia terapêutica na Austrália e Nova Zelândia (2022).

Sepse neonatal e o microbioma da pele (Neonatal sepsis and the skin microbiome)

Sepse neonatal e o microbioma da pele (Neonatal sepsis and the skin microbiome)

Neonatal sepsis and the skin microbiomeHarrison IS1, Monir RL1, Neu J2, Schoch JJ1,2.J Perinatol. 2022 Nov;42(11):1429-1433. doi: 10.1038/s41372-022-01451-0. Epub 2022 Jul 11.PMID: 35817842 Review. 1Departments of Dermatology, University of Florida College of Medicine, Gainesville, USA. 2Departments of Pediatrics, University of Florida College of Medicine, Gainesville, USA.
✉email: jschoch@ufl.edu.

Realizado por Paulo R. Margotto

Os patógenos causadores de muitas infecções invasivas em bebês prematuros são os mesmos organismos que residem na pele saudável. Diferenças inerentes (estrato córneo imaturo, sistema imunológico subdesenvolvido) e fatores externos (dispositivos médicos invasivos, exposição prolongada a antibióticos, hospitalização) alteram exclusivamente o microbioma da pele de bebês prematuros em relação a bebês a termo. A flora da pele de recém-nascidos prematuros, caracterizada pela baixa diversidade, pode permitir o supercrescimento de patógenos oportunistas.  A transformação de organismos comensais em patógenos virulentos induz infecção generalizada e sepse. Prebióticos e probióticos direcionados à pele e outras estratégias para modular a flora cutânea podem desencorajar essa transformação patogênica. O uso criterioso de antibióticos profiláticos na população neonatal pode ajudar a prevenir a disbiose e a doença resultante. Uma maior compreensão do papel do microbioma da pele na sepse neonatal pode orientar a prevenção e o tratamento dessa doença devastadora.

Monkeypox (Varíola dos Macacos): 1) Correspondence: Infecção neonatal pelo vírus Monkeypox 2) Monkeypox na gravidez: virologia, apresentação clínica e manejo obstétrico)

Monkeypox (Varíola dos Macacos): 1) Correspondence: Infecção neonatal pelo vírus Monkeypox 2) Monkeypox na gravidez: virologia, apresentação clínica e manejo obstétrico)

Neonatal Monkeypox Virus Infection. Ramnarayan P, Mitting R, Whittaker E, Marcolin M, O’Regan C, Sinha R, Bennett A, Moustafa M, Tickner N, Gilchrist M, Kershaw A, Rampling T.N Engl J Med. 2022 Oct 12. doi: 10.1056/NEJMc2210828. Online ahead of print.PMID: 36223535 No abstract available. Imperial College London, London, United Kingdom.                                                              e-mail: p.ramnarayan@imperial.ac.uk

A infecção pelo vírus Monkeypox deve ser considerado no diagnóstico diferencial de uma erupção vesicular neonatal. Nos complementos trouxe também o   artigo de Dashraath P et al (2022) que trás possíveis mecanismos e risco de transmissão in-utero da varíola dos macacos e Protocolo de parto para uma paciente grávida com varíola dos macacos. A doença será um desafio para as gestantes, que representam uma população vulnerável durante qualquer emergência de saúde pública de interesse internacional. Por enquanto, grande parte da gestão obstétrica será baseada em consenso e recomendações de melhores práticas.