Categoria: UTI Pediátrica

Monografia – 2021 (UTI Pediátrica-HMIB/SES/DF): Perfil da Lesão Renal Aguda em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica de Brasília

Monografia – 2021 (UTI Pediátrica-HMIB/SES/DF): Perfil da Lesão Renal Aguda em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica de Brasília

Autora:  Laura Pereira Nishioka.  Dra. Paula de Oliveira Abdo.

Com o presente estudo foi possível concluir que o perfil clínico dos pacientes com lesão renal aguda (LRA) internados na UTIP HMIB, em 2017, foi caracterizado por pacientes do sexo masculino, com uma média de idade de 38 meses, que foram admitidos com LRA já estabelecida, sendo o quadro séptico o principal causador dessa lesão renal. Tendo o conhecimento desse perfil, podemos melhorar a qualidade da assistência a esses pacientes não só na UTI, como também nos setores que recebem os pacientes inicialmente. É necessário que os médicos dos prontos atendimentos e enfermarias pediátricas também tenham conhecimento dos critérios de LRA e sua classificação pelo KDIGO, para que iniciem precocemente medidas de controle e tratamento a fim de diminuir o número de pacientes admitidos na UTI já com LRA estabelecida.

A melhora do manejo da LRA com consequente impacto positivo no prognóstico desses pacientes é um desafio mundial. O atual estudo também evidenciou a necessidade de melhorar as taxas de detecção da LRA pela UTI para garantir intervenções precoces e efetivas. Seria interessante expandir o período de observação do atual trabalho e, com isso, ter uma maior amostra de casos para solidificar hipóteses e expandir análises tendo sempre em vista a melhoria da assistência intensiva a esse perfil de pacientes.

 

APRESENTAÇÃO: Monografia – 2021 (UTI Pediátrica-HMIB/SES/DF): Handovers entre Intensivistas Pediátricos – análise da transmissão de informação e antecipação de eventos adversos

APRESENTAÇÃO: Monografia – 2021 (UTI Pediátrica-HMIB/SES/DF): Handovers entre Intensivistas Pediátricos – análise da transmissão de informação e antecipação de eventos adversos

AUTORA: TATIANA SANTOS RODRIGUES. ORIENTADORA: ROBERTA CALHEIROS

Introdução: Handover se refere ao processo de transferência de informações sobre pacientes quando a responsabilidade sobre esses é transferida para uma nova
equipe. Acredita-se que o momento do
handover configure um ponto de falha na comunicação que pode pôr em risco a segurança do paciente e prejudicar a qualidade do atendimento1. As informações transmitidas são especialmente importantes para fornecer orientações antecipadas sobre eventos adversos que podem ocorrer no período noturno2. Objetivos: Descrever a transmissão de informação nos handovers entre médicos intensivistas pediátricos, a qualidade da comunicação e capacidade antecipatória de eventos adversos após a passagem de plantão no período noturno. Metodologia: Estudo prospectivo observacional, com aplicação de questionário em médicos intensivistas pediátricos na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), a cerca de diagnósticos e metas para os pacientes. O mesmo formulário foi respondido pelos médicos rotineiros do dia, considerado “padrão-ouro” para efeito de comparação com as respostas dos médicos da noite. Análise de prontuário foi realizada para avaliação dos eventos adversos que de fato ocorreram no período noturno. Resultados: O questionário foi respondido por 10 intensivistas (40% do quadro de plantonistas), aplicado em 13 handovers no período de maio de 2020 a janeiro de 2021. Foram relatados pelo dia 135 diagnósticos, dos quais 53,3% foram corretamente identificados pelos médicos noturnos. A concordância para objetivos no período da noite variou entre 30 e 39%. Quando um evento adverso aconteceu, o rotineiro foi capaz de antecipar o evento em 57,7% das vezes e o médico plantonista em 26,9%, configurando diferença estatística. Conclusão: Identificou-se grande perda de informações após o handover, menor em relação aos diagnósticos e maior em relação aos objetivos para o período noturno. O médico rotineiro é mais sensível na predição de eventos adversos. Treinamento e aprimoramento do handover pode contribuir para melhoria do atendimento e segurança dos pacientes internados em unidade de terapia intensiva. Palavras-chave: handover, passagem de plantão, antecipação de eventos adversos,

Monografia – 2021 (UTI Pediátrica-HMIB/SES/DF): Handovers entre Intensivistas Pediátricos – análise da transmissão de informação e antecipação de eventos adversos

Monografia – 2021 (UTI Pediátrica-HMIB/SES/DF): Handovers entre Intensivistas Pediátricos – análise da transmissão de informação e antecipação de eventos adversos

AUTORA: TATIANA SANTOS RODRIGUES. ORIENTADORA: ROBERTA CALHEIROS.

Introdução: Handover se refere ao processo de transferência de informações sobre pacientes quando a responsabilidade sobre esses é transferida para uma nova
equipe. Acredita-se que o momento do
handover configure um ponto de falha na comunicação que pode pôr em risco a segurança do paciente e prejudicar a qualidade do atendimento1. As informações transmitidas são especialmente importantes para fornecer orientações antecipadas sobre eventos adversos que podem ocorrer no período noturno2. Objetivos: Descrever a transmissão de informação nos handovers entre médicos intensivistas pediátricos, a qualidade da comunicação e capacidade antecipatória de eventos adversos após a passagem de plantão no período noturno. Metodologia: Estudo prospectivo observacional, com aplicação de questionário em médicos intensivistas pediátricos na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), a cerca de diagnósticos e metas para os pacientes. O mesmo formulário foi respondido pelos médicos rotineiros do dia, considerado “padrão-ouro” para efeito de comparação com as respostas dos médicos da noite. Análise de prontuário foi realizada para avaliação dos eventos adversos que de fato ocorreram no período noturno. Resultados: O questionário foi respondido por 10 intensivistas (40% do quadro de plantonistas), aplicado em 13 handovers no período de maio de 2020 a janeiro de 2021. Foram relatados pelo dia 135 diagnósticos, dos quais 53,3% foram corretamente identificados pelos médicos noturnos. A concordância para objetivos no período da noite variou entre 30 e 39%. Quando um evento adverso aconteceu, o rotineiro foi capaz de antecipar o evento em 57,7% das vezes e o médico plantonista em 26,9%, configurando diferença estatística. Conclusão: Identificou-se grande perda de informações após o handover, menor em relação aos diagnósticos e maior em relação aos objetivos para o período noturno. O médico rotineiro é mais sensível na predição de eventos adversos. Treinamento e aprimoramento do handover pode contribuir para melhoria do atendimento e segurança dos pacientes internados em unidade de terapia intensiva. Palavras-chave: handover, passagem de plantão, antecipação de eventos adversos.

Fatores de risco para parada cardíaca peri-intubação em pacientes pediátricos em Terapia Intensiva Cardíaca: um estudo multicêntrico

Fatores de risco para parada cardíaca peri-intubação em pacientes pediátricos em Terapia Intensiva Cardíaca: um estudo multicêntrico

Risk Factors for PeriIntubation Cardiac Arrest in Pediatric Cardiac Intensive Care Patients: A Multicenter Study. Esangbedo ID, Byrnes J, Brandewie K, Ebraheem M, Yu P, Zhang S, Raymond T.Pediatr Crit Care Med. 2020 Dec;21(12):e1126-e1133. doi: 10.1097/PCC.0000000000002472. PMID: 32740187.

Apresentação: Leomara Amorim, R3 UTI Pediátrica HMIB/SES/DF. Coordenação: Alexandre Peixoto Serafim.

As taxas de mortalidade por parada cardiorrespiratória (PCR)  associado a peri-intubação são significativamente mais altas em pacientes pediátricos com doença cardíaca crítica. Disfunção ventricular sistólica moderada ou grave foi associada fortemente a PCR no estudoFatores de risco para PCR peri-intubação no estudo foram hipotensão, acidose lática e dessaturação de oxigênio significativas durante a IOT. Na presença de fatores de risco modificáveis –> intervir para reduzir os riscos. Se fatores não modificáveis –> preparar a equipe para PCR antes da intubação.

 

Sedação com dexmedetomidina em crianças criticamente doentes ventiladas mecanicamente: um ensaio piloto randomizado controlado

Sedação com dexmedetomidina em crianças criticamente doentes ventiladas mecanicamente: um ensaio piloto randomizado controlado

Dexmedetomidine Sedation in Mechanically Ventilated Critically Ill Children: A Pilot Randomized Controlled Trial.Erickson SJ, Millar J, Anderson BJ, Festa MS, Straney L, Shehabi Y, Long DA; Baby SPICE Investigators and the Australian and New Zealand Intensive Care Society Paediatric Study Group (ANZICS-PSG).Pediatr Crit Care Med. 2020 Sep;21(9):e731-e739. doi: 10.1097/PCC.0000000000002483. PMID: 32740192 Clinical Trial.

Apresentação: Helena de Oliveira Melo. Coordenação: Alexandre Peixoto Serafim. Revisão e Complementação: Paulo R. Margotto. Residência de Medicina Intensiva Pediátrica/ HMIB.

Este estudo piloto mostrou que a randomização de crianças ventiladas em Terapia Intensiva para braços de sedação alternativos é viável e que um algoritmo de tratamento com dexmedetomidina como agente sedativo primário pode ser superior para alcançar níveis de sedação seguros mais rápidos.

Sinais clínicos para categorizar choque e medicamentos vasoativos alvos em choque séptico pediátrico quente versus frio

Sinais clínicos para categorizar choque e medicamentos vasoativos alvos em choque séptico pediátrico quente versus frio

Clinical Signs to Categorize Shock and Target Vasoactive Medications in Warm Versus Cold Pediatric Septic Shock. Walker SB, Conlon TW, Zhang B, Mensinger JL, Fitzgerald JC, Himebauch AS, Glau C, Nishisaki A, Ranjit S, Nadkarni V, Weiss SL. Pediatr Crit Care Med. 2020 Dec;21(12):1051-1058. doi: 10.1097/PCC.0000000000002481.PMID: 32740190.

Apresentação: João Paulo S. Cézar. Coordenação: Alexandre  Peixoto Serafim. HMIB- RESIDÊNCIA MÉDICA – Terapia Intensiva Pediátrica. Revisão e Complementação: Paulo R. Margotto

  • Neste estudo retrospectivo de uma única UTIP grande e acadêmica, houve boa concordância entre apenas três (temperatura da extremidade, enchimento capilar e força de pulso) dos cinco clínicas sinais comumente usados ​​para atribuir o tipo de choque séptico pediátrico.
  • Esses três sinais clínicos também demonstraram a associação mais forte com o tipo de choque atribuído, sugerindo que os médicos priorizem temperatura de extremidade, enchimento e força de pulso sobre a pressão de pulso e pressão arterial diastólica.
  • Embora o tipo de choque clinicamente atribuído não pareça conduzir a seleção de droga vasoativa inicial para a maioria dos pacientes (especialmente aqueles com choque quente), a incompatibilidade do tipo de choque vasoativo não foi associado a piores desfechos clínicos.
  • Os presentes dados apoiam as recomendações recentes da campanha SSC que indicam que sinais clínicos não devem ser usado isoladamente para categorizar o tipo de choque.
  • Pesquisas adicionais são necessárias para identificar a abordagem ideal à avaliação hemodinâmica precoce que é mais provável de conduzir bons resultados em sepse pediátrica.

 

 

UTI PEDIÁTRICA: Causas infecciosas e autoimunes de encefalite em crianças

UTI PEDIÁTRICA: Causas infecciosas e autoimunes de encefalite em crianças

Infectious and Autoimmune Causes of Encephalitis in Children.Erickson TA, Muscal E, Munoz FM, Lotze T, Hasbun R, Brown E, Murray KO.Pediatrics. 2020 Jun;145(6):e20192543. doi: 10.1542/peds.2019-2543. Epub 2020 May 1.PMID: 32358069.

Apresentação: Antônio Batista de Freitas Neto. RIII – Medicina Intensiva Pediátrica HMIB. Coordenação: Alexandre Serafim.

  • JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A encefalite pode resultar em morbimortalidade neurológica em crianças. As causas infecciosas e não infecciosas recentemente reconhecidas de encefalite tornaram-se cada vez mais importante na última década.
  • MÉTODOS: Revisamos retrospectivamente os registros médicos de pacientes pediátricos em Houston diagnosticados com encefalite em uma área de captação urbana e rural entre 2010 e 2017. Conduzimos uma investigação para compreender a etiologia, as características clínicas e práticas de teste diagnóstico nesta população.
  • RESULTADOS: Foram avaliados 231 pacientes que se enquadraram na definição de caso de encefalite, entre os quais 42% não tinham etiologia reconhecida. Entre aqueles com uma etiologia identificada, a mais comum foi infecciosa (73; 31%), incluindo virais (n = 51; 22%), sendo o mais frequente West Vírus do Nilo (WNV; n = 12) e bacteriano (n = 19; 8%), sendo o mais frequente Bartonella henselae (n = 7). Entre os casos de encefalite autoimune (n = 60; 26%), a mais frequente a causa foi encefalite anti-receptor N-metil-D-aspartato (NMDAR) (n = 31). As causas autoimune foram vistas mais comumente em pacientes do sexo feminino (P, 0,01). Testes de Herpes simplex vírus e enterovírus eram quase universais; testes para encefalite anti-NMDAR, WNV e Bartonella era menos comum.
  • CONCLUSÕES: WNV foi a causa infecciosa mais comum de encefalite na nossa população pediátrica apesar da menor frequência de teste para WNV do que o vírus do herpes simplex ou enterovírus. O aumento dos testes para encefalite anti-NMDAR resultou na identificação frequente de casos. Aumento da conscientização e testes para WNV e Bartonella provavelmente resultariam em mais causas identificadas de encefalite pediátrica. O diagnóstico etiológico precoce de encefalites pode levar a melhorar os resultados clínicos.
Consequências não intencionais: a ressuscitação com fluidos piora o choque em um modelo ovino de endotoxemia

Consequências não intencionais: a ressuscitação com fluidos piora o choque em um modelo ovino de endotoxemia

Unintended Consequences: Fluid Resuscitation Worsens Shock in an Ovine Model of Endotoxemia. Liam Byrne L, Obonyo NG, Diab SD, Dunster KR, Passmore MR, Boon AC, Hoe LS, Pedersen S, Fauzi MH, Pimenta LP, Van Haren F, Anstey CM, Cullen L, Tung JP, Shekar K, Maitland K, Fraser JF.Am J Respir Crit Care Med. 2018 Oct 15;198(8):1043-1054. doi: 10.1164/rccm.201801-0064OC.PMID: 29882682 Free article. Artigo Livre!

Apresentação: Helena Melo, Leomara Amorim, Pollyana Gouveia. Coordenação: Alexandre Peixoto Serafim.

A ressuscitação com fluidos teve um efeito prejudicial na endotoxemia: choque com necessidade aumentada de vasopressor nas 12 horas após a ressuscitação; não  foram capazes de demonstrar quaisquer efeitos benéficos da ressuscitação com fluidos em relação ao metabolismo de órgãos individuais ou qualquer um dos marcadores medidos de lesão ou função.

Pacientes pediátricos com COVID-19 internados em unidades de terapia intensiva no Brasil: um estudo multicêntrico prospectivo

Pacientes pediátricos com COVID-19 internados em unidades de terapia intensiva no Brasil: um estudo multicêntrico prospectivo

Pediatric patients with COVID19 admitted to intensive care units in Brazil: a prospective multicenter study.

Prata-Barbosa A, Lima-Setta F, Santos GRD, Lanziotti VS, de Castro REV, de Souza DC, Raymundo CE, de Oliveira FRC, de Lima LFP, Tonial CT, Colleti J Jr, Bellinat APN, Lorenzo VB, Zeitel RS, Pulcheri L, Costa FCMD, La Torre FPF, Figueiredo EADN, Silva TPD, Riveiro PM, Mota ICFD, Brandão IB, de Azevedo ZMA, Gregory SC, Boedo FRO, de Carvalho RN, Castro NAASR, Genu DHS, Foronda FAK, Cunha AJLA, de Magalhães-Barbosa MC; Brazilian Research Network in Pediatric Intensive Care, (BRnet-PIC).J Pediatr (Rio J). 2020 Aug 4:S0021-7557(20)30192-3. doi: 10.1016/j.jped.2020.07.002. Online ahead of print.PMID: 32781034 Free PMC article .Artigo Livre!

Apresentação: Antonio Batista de Freitas Neto (HMIB – UTI Pediátrica). Coordenação: Alexandre P. Serafim. Revisão: Paulo R. Margotto.

■Até onde sabemos, este é o primeiro estudo sobre o COVID-19 em pacientes de UTIP no Brasil.

■Foi demonstrado que as características desta doença em locais tropicais e subtropicais são semelhantes às de outros países.

■Nessa coorte, a letalidade foi baixa e as doenças crônicas e outras comorbidades desempenharam um papel importante no desenvolvimento das formas graves da doença.

■Ao contrário de outros estudos, a idade inferior a 1 ano não foi associada a um pior prognóstico.

■ Pacientes com MIS-C apresentaram sintomas mais graves, biomarcadores inflamatórios mais elevados e maior predominância do sexo masculino.

Live do Hospital Anchieta: O Cérebro do Recém-Nascido com Cardiopatia Congênita Crítica

Live do Hospital Anchieta: O Cérebro do Recém-Nascido com Cardiopatia Congênita Crítica

Paulo R. Margotto

Observamos que as lesões nesses recém-nascidos a termo cardíacos tinham imagens parecidas com a lesão da substância branca dos recém-nascidos prematuros.. O que vemos aqui é a ponta do iceberg, o topo, é um sinal de que há uma anomalia no desenvolvimento do cérebro (Donna Ferriero, 2019)