CPAP NASAL

CPAP NASAL

Carlos Alberto Zaconeta

Capítulo do livro Assistência ao Recém-Nascido de Risco, Hospital de Ensino Materno Infantil de Brasília, 4a Edição, 2021

INDICAÇÕES DE CPAP NASAL: Insuficiência respiratória do prematuro extremo, doença da membrana hialina, Taquipneia transitória do recém-nascido, Síndrome de aspiração de mecônio (a primeira escolha é CPAP NASAL: a taxa axa de falha foi de 3% no grupo de  neonatos randomizados para CPAPnasal vs. 25% no grupo tratado com oxigênio no Hood [ odds ratio de 0,09; IC95%, 0,02 a 0,43; p = 0,002]),  pneumonia, cardiopatia, apneia da prematuridade, no desmame da ventilação mecânica e em praticamente todas as causas pulmonares de desconforto respiratório neonatal, incluindo pós operatório de hérnia diafragmática, de cardiopatia congênita e de defeitos de fechamento da parede abdominal.

DESMAME DE CPAP: No momento atual do conhecimento ainda não foi definido se existe  beneficio em se desmamar gradativamente bebês que estão eupneicos com CPAP com PEEP de 5 cm H2O ou se a diminuição gradativa da pressão pode aumentar desnecessariamente os dias de CPAP. Normalmente o sucesso é obtido com 32 semanas de idade pós-menstrual.

COMO FAZEMOS:

Bebê com pulmão normal, não mostrando evidências de aumento do trabalho respiratório, tem um bom ganho de peso sem apneia ou bradicardia nas 24 horas anteriores, FiO2 de 21%, pressão de 5 cmH20 (não fazemos diminuição gradativa da  pressão), suspendemos CPAP em torno de 32 semanas de idade pós-menstrual. O objetivo da manutenção por um tempo maior advém do efeito angiogênico da manutenção de CPAP como demonstrado pelos estudos. Se a pressão estiver em 6 ou 7 cmH20,  faz-se a redução  à  medida que vai ocorrendo a estabilização. De acordo com a  tolerância,  em FiO2 de 21% e pressão de 5cm H2O às 32 semanas de idade pós-menstrual, retira-se a pressão positiva das vias aéreas nasal